DETECÇÃO DE PROVÁVEIS DEFORMAÇÕES NEOTECTÔNICAS NO VALE DO RIO DO PEIXE, REGIÃO OCIDENTAL PAULISTA, MEDIANTE APLICAÇÃO DE ÍNDICES RDE (RELAÇÃO DECLIVIDADE-EXTENSÃO) EM SEGMENTOS DE DRENAGEM
Autores
Mario Lincoln De Carlos Etchebehere
Universidade Guarulhos, Centro de Pós Graduação Pesquisa e Extensão
Antonio Roberto Saad
Universidade Guarulhos, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Laboratório de Geociências
Gisele Santoni
Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista/Campus de Rio Claro
Fabio da Costa Casado
Universidade Guarulhos, Laboratório de Geociências
Vicente José Fulfaro
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, Departamento de Geologia Aplicada.
Palavras-chave:
Rio do Peixe, Neotectônica, morfometria fluvial, Relação Declividade-Extensão (RDE), Planalto Ocidental Paulista.
Resumo
Os cursos d’água representam um dos principais agentes de modelagem do relevo, propiciando, sob a ação da gravidade, a esculturação dos vales e a formação de depósitos aluviais. Eles se ajustam rapidamente a quaisquer deformações crustais, incluindo aquelas mais tênue. Essa característica os torna ferramentas importantes para os estudos de natureza neotectônica, em especial a análise dos parâmetros morfométricos, tais como o gradiente hidráulico e a extensão do curso (diretamente proporcional à descarga), que podemser combinados gerando o chamado índice RDE (Relação Declividade vs. Extensão). O propósito do presente artigo é apresentar a aplicação do índice RDE na bacia hidrográfica do Rio do Peixe, com o objetivo de delinear áreas sujeitas a deformações de ordem neotectônica. Esta bacia está instalada sob um substrato rochoso referente aos grupos Caiuá e Bauru, do Cretáceo, afloramentos localizados de basaltos da Formação Serra Geral (130 Ma) e sedimentos quaternários (aluviões recentes e depósitos pleistocênicos de terraço). Na porção final do artigo, faz-se uma correlação entre os resultados obtidos de RDE e o contexto tectônico admitido para esta parte do Estado de São Paulo, incluindo informações geológicas de campo e dados sismológicos e paleo-sismológicos. Como resultados alcançados, foram identificados dois conjuntos de anomalias: o primeiro, caracterizado por valores de 2a ordem, demarca a borda do Planalto de Marília-Exaporã, e o segundo, de maior expressão por reunir valores de 1a ordem na porção central da bacia, associa-se à zona sismogênica de Presidente Prudente.
Biografia do Autor
Mario Lincoln De Carlos Etchebehere, Universidade Guarulhos, Centro de Pós Graduação Pesquisa e Extensão
http://lattes.cnpq.br/4224942827870083
Antonio Roberto Saad, Universidade Guarulhos, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Laboratório de Geociências
http://lattes.cnpq.br/1578942616063181
Gisele Santoni, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista/Campus de Rio Claro
http://lattes.cnpq.br/8910063094129501
Fabio da Costa Casado, Universidade Guarulhos, Laboratório de Geociências
http://lattes.cnpq.br/6504185606622344
Vicente José Fulfaro, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, Departamento de Geologia Aplicada.