PARÂMETROS FÍSICOS PRÉ-ERUPTIVOS DO MAGMATISMO ÁCIDO DA PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ: RESULTADOS PRELIMINARES

Autores

  • Antonio José Ranalli NARDY Universidade Estadual Paulista
  • Milena Cristina ROSA Universidade Estadual Paulista
  • Ana Carolina Franciosi LUCHETTI Universidade Estadual Paulista
  • Maria Luiza de Carvalho FERREIRA Universidade Estadual Paulista
  • Fábio Braz MACHADO Universidade Federal de São Paulo
  • Marcos Aurélio Farias de OLIVEIRA Universidade Estadual Paulista

Resumo

Um conjunto de 12 amostras de rochas ácidas dos tipos Palmas (ATP) e Chapecó (ATC) foi empregado para a determinação da composição química de plagioclásio e piroxênio por meio de microssonda eletrônica, com a finalidade de se obter informações geotermobarométricas, bem como a concentração de água no líquido magmático em equilíbrio com o plagioclásio. Os resultados obtidos mostram que os piroxênios das rochas do tipo ATP (3,2 ± 1,2 kbar; máx = 5,1 kbar e 1028 ± 38oC) se formaram em condições de pressão e temperatura maiores do que aquelas do tipo ATC (1,8 ± 0,9 kbar; máx = 3,4 kbar e 995 ± 26ºC). Porém, os dados de pressão do plagioclásio é maior para as rochas do tipo ATC (3,2 ± 1 kbar; máx = 6,4 kbar e 1033 ± 12oC) do que para as do tipo ATP (1,9 ± 1 kbar; máx = 4,8 kbar e 1043 ± 5o C), sugerindo que a cristalização das rochas do tipo ATP teve seu início com a formação do piroxênio e plagioclásio quase que simultaneamente, a uma profundidade da ordem de 17 km enquanto que para as do tipo ATC, a cristalização teve início com a formação do plagioclásio a uma profundidade cerca de 21 km (admitindo-se um gradiente de 3,3 km/kbar). A geotermometria do plagioclásio fornece uma concentração de 1 ± 0,3% de H2O para as rochas ácidas estudadas, e que sua exsolução do líquido silicático teve início a uma profundidade próxima de 30 m abaixo da superfície, o que torna difícil explicar a origem dessas rochas por fluxos piroclásticos, mas também, por meio de fluxos de lava. Embora os dados ainda sejam preliminares e insuficientes para a modelagem da extrusão dessas rochas, eles apontam para um mecanismo de efusão de um magma parcialmente fluidizado por voláteis, que se espalharia por grandes áreas, com pouco atrito com a superfície plana do terreno, que iria aumentado com o incremento da viscosidade causado pela perda de voláteis e diminuição da temperatura, desenvolvendo estruturas de lavas coerentes ao fluxo magmático. Palavras-chave: vulcanologia, geotermobarometria, Província Magmática do Paraná, vulcanismo ácido, reoignimbritos.

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