UMA ONTOLOGIA GEOGRÁFICA DOS RISCOS: DUAS ESCALAS, TRÊS DIMENSÕES
Resumo
Os debates sobre os riscos são amplos e polissêmicos. Contudo, em geral, estes não consideram a dimensão espacial como instituinte destes fenômenos, nem com a mesma importância que a dimensão social, por exemplo. Quando considerada, esta geralmente é encarada como invólucro, passiva aos fenômenos de outras dimensões. A discussão também se coloca, freqüentemente, no âmbito coletivo, considerando-se pouco a escala individual de ocorrência dos fenômenos. Em vista disso, partimos do pressuposto ontológico das relações homem-meio/sociedade-natureza para defender a indissociabilidade entre as dimensões social/cultural, existencial/fenomenal e espacial/ambiental, em suas escalas de análise e experiência, coletiva e individual, para abordar os riscos a partir de uma perspectiva geográfica. O objetivo é argumentar não apenas que estas dimensões e escalas estão no caminho para se compreender os riscos mas, sobretudo, que estão indissociavelmente vinculadas a essência do acontecer urbano, sendo o fundamento de uma ontologia geográfica dos riscos. Palavras-chave: Geografia dos Riscos; Escalas Geográficas; Dimensões dos Fenômenos.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à GEOGRAFIA o direito de primeira publicação, com os artigos simultaneamente licenciados sob a Licença Creative Commons BY 4.0, que permite o compartilhar e adaptar os artigos para qualquer fim, desde que sejam dados os créditos apropriados e as disposições dos direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais. Outras atribuições legais podem ser acessadas em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en.
Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN 1983-8700 está licenciada sob a Licença Creative Commons BY 4.0