PAISAGEM, LUGAR E CENA EM A FALTA QUE ME FAZ
DOI:
https://doi.org/10.5016/geografia.v45i1.14440Resumo
Os arranjos espaço-territoriais são construídos em um cotidiano que é vivido nas relações dos sujeitos habitantes com os variados meios. Por hora, refletir sobre a paisagem, aqui, envolve um certo exercício de transgressão disciplinar. Será possível pensar na imagem da paisagem, em seu transporte para a cena de um filme, ou melhor, sua construção em cena? Penso em como o lugar se constrói no filme “A falta que me faz”. Como se dão os encontros formadores de uma possível partilha? Dissensos, hesitação e partilhas: afetos compartilhados em uma proximidade alcançada pelos corpos que coabitam a imagem. Proponho, nesse caminhar, um deslocamento, da paisagem como uma cena. Ela é aqui vista como um espaço de coabitação. Por trazerem em seu corpo o processo do qual elas se constroem, as imagens do filme tomado apresentam dimensões significantes do sentido de mundo vivido no local que se coloca em cena; processos não cartografados de maneira convencional. Na análise, o conceito de paisagem é trazido para se pensar o local que ela abriga, transformando-o em lugar para os personagens, e em um segundo nível, construindo-o como um lugar em cena.
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Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN 1983-8700 está licenciada sob a Licença Creative Commons BY 4.0