A DESVALORIZAÇÃO DO ELEMENTO EMPÍRICO E O ASPECTO LIVRESCO NA CONSTRUÇÃO DO SABER GEOGRÁFICO MEDIEVAL OCIDENTAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5016/geografia.v46i1.15565

Resumo

Trata, o presente artigo, de aspectos que consideramos fundamentais na construção do saber geográfico ao longo da Idade Média. Nele, abordamos basicamente dois aspectos que estão, em verdade, entrelaçados. De um lado, notamos uma irrestrita desvalorização da pesquisa empírica amparada, em parte, no privilégio dado ao Criador em detrimento da inferioridade concedida às coisas criadas. Do outro, relacionado a esse primeiro aspecto, constatamos que houve um cenário em que a palavra escrita se fez caminho da verdade e isso foi feito sem o contrapeso da evidência empírica, do caminho indutivo. Tal fato conduziu o saber geográfico à perda de seu realismo e de sua utilidade prática. Tal característica encontrou forte rebatimento, salientamos, na produção do conhecimento geográfico do período, alcançando navegadores como Colombo. Cabe mencionar que, ao final do artigo, o leitor encontrará uma discussão sobre o famoso mapa de Ebstorf, que serve como ponto de chegada e exemplificação das premissas anteriormente discutidas.

Biografia do Autor

Fabricio Pedroso Bauab, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Doutor em Geografia pela UNESP (2005). Professor associado pelo Curso de Licenciatura e Bacharelado em Geografia, pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Francisco Beltrão – PR. Professor do Programa de Pós-graduação em Geografia – PPGG, UNIOESTE, Francisco Beltrão – PR.

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Publicado

2021-08-03

Edição

Seção

Artigos