O DEVER DE SONHAR EM GEOGRAFIA: OS GEÓGRAFOS COMO APRENDIZES DO ESPANTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5016/geografia.v46i1.15678

Resumo

O conhecimento geográfico nasceu unido aos discursos de teor onírico. A imaginação, de fato, encontrou e ainda encontra um lugar especial nas narrativas sobre a Terra e a experiência humana sobre ela. Respondendo a provocação bachelardiana, este artigo propõe uma discussão teórica a respeito do dever de sonhar, da necessidade de imaginar. Para tanto, por meio de uma revisão bibliográfica, discute-se a noção de maravilhamento e as contribuições da imaginação na ciência geográfica, visitando autores ligados à teoria do imaginário bem como geógrafos que abordam a imaginação. Conclui-se que o dever de sonhar Geografia é vital, posto que, rica em possibilidades, a capacidade de imaginar pode ser frutífera em diversos aspectos do fazer geográfico, tais como a escrita, o fim das dicotomias, o diálogo com as artes e as projeções de mundos futuros no planejamento urbano e na gestão ambiental.

Palavras-chave: Geografia; Imaginação; Epistemologia; Maravilhamento; Sonho.

Biografia do Autor

Francyjonison Custodio do Nascimento, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor efetivo da Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte.

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Publicado

2021-04-26

Edição

Seção

Artigos