O processo de demarcação de Terras Indígenas e os territórios ancestrais: a retomada Kaingang Kógũnh Mág em Canela - RS

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DOI:

https://doi.org/10.5016/geografia.v49i1.17558

Resumo

O processo de demarcação de terras indígenas é um assunto que gera muitas controvérsias. Os povos originários nunca desistiram de seus territórios, e vários grupos iniciaram movimentos independentes pela demarcação de suas terras, como a retomada Kógũnh Mág, que buscam demarcar os territórios Kaingang no entorno da FLONA de Canela. As atividades foram realizadas através de trabalhos de campo e levantamento bibliográfico, com posterior sistematização em gabinete. A organização dos resultados foi realizada através da técnica de pesquisa conhecida como análise de conteúdo, com três etapas básicas: pré-análise, códigos e categorização dos dados e análise e interpretação das categorias. A pesquisa mostra que a demarcação de terras indígenas, mesmo seguindo uma visão territorial restritiva do colonizador, foi um processo assimilado de forma consciente pelos povos originários, uma estratégia para restabelecer, fortalecer e construir vínculos territoriais, em que novas territorialidades surgem em torno da retomada dos territórios originários.

Palavras-chave: Povo Kaingang; Retomada Kógũnh Mág; FLONA de Canela; Terra Indígena; Vínculos Territoriais.

Biografia do Autor

Rodrigo Wienskoski Araujo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Possui graduação em licenciatura plena e bacharelado em Geografia, bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRGS (POSGEA), linha de pesquisa Análise Territorial. Atualmente é Professor EBTT de Geografia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e doutorando do POSGEA.

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Publicado

2024-03-28

Edição

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Artigos