Segregação socioespacial, insegurança hídrica e saneamento: um olhar interseccional sobre a cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5016/geografia.v49i1.17975Resumo
O artigo analisa a relação entre interseccionalidade de gênero, raça e classe e insegurança hídrica, evidenciando a segregação socioespacial e ambiental na cidade de São Paulo. A justificativa reside no fato de que as desigualdades socioespaciais, a atomização do cuidado e a privatização dos serviços públicos vêm tornando o acesso ao saneamento ambiental básico cada vez mais precário, e, portanto, um debate urgente. Foi utilizada uma metodologia quali-quantitativa que faz uso de métodos estatísticos e de geoprocessamento. Como as mulheres são responsabilizadas pelos trabalhos reprodutivo e de cuidados na rotina familiar, acabam sendo, também, responsáveis pela gestão hídrica doméstica, tendo em vista a necessidade de água para a realização dessas tarefas. Assim, a segregação socioespacial e a ausência de saneamento básico, marcadas pelos fatores étnico-raciais e de classe, afetam principalmente as mulheres, revelando o caráter racista e patriarcal das desigualdades socioambientais presentes no espaço urbano em São Paulo.
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Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN 1983-8700 está licenciada sob a Licença Creative Commons BY 4.0