A REESTRUTURAÇÃO URBANA DA CIDADE DE PUEBLA, MÉXICO: DISPERSÃO TERRITORIAL, DESCONCENTRAÇÃO PRODUTIVA E FRAGMENTAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL

Autores

  • González Oscar Gabriel BENÍTEZ UNESP

Resumo

Desde os anos oitenta diversas transformações, mutuamente vinculadas, têm concorrido para constituir o atual processo de reestruturação urbana da metrópole de Puebla: aumento do tamanho e integração da rede de cidades que conformam a Zona Metropolitana da Cidade de Puebla; desconcentração industrial e demográfica ligada a modificações econômico-setoriais; expansão expropriatória da cidade sobre os municípios e zonas rurais periféricas; explosão dos megaprojetos imobiliários e comerciais (destacadamente: Angelópolis, Paseo San Franciso e Lago de Valsequillo); emergência de novas centralidades concomitante ao declínio-refuncionalização do chamado Centro Histórico; entre as principais mudanças. A cidade resultante dessa reestruturação definiu-se assim pelo conjunto de tendências a seguir: a) Dispersão e descontinuidade territorial; b) Polinuclearidade, expressa no deslocamento de parte da centralidade da cidade de Puebla para cidades próximas de porte médio; c) Fragmentação sócio-espacial, derivada principalmente das múltiplas centralidades constituídas pelos grandes projetos imobiliários e comercias (shoppings, centros de convenções, conjuntos turísticos e habitacionais fechados de alto e médio padrão) e do redesenho da infra-estrutura estrutura viária. São, num sentido figurado, o colapso da cidade (dada a crescente fragmentação urbana) e do Estado de bem-estar social (pelo protagonismo estatal como agente dos interesses privados) os signos que acompanham a reestruturação recente da metrópole poblana. Palavras-chave: Reestruturação urbana. Fragmentação sócio-espacial. Centralidade. Dispersão territorial. Megaprojetos.

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Publicado

2009-10-29

Edição

Seção

Artigos