CONVERSAS SOBRE O PENSAMENTO (3): ANASTASIOS BRENNER
Abstract
Já era de verão a luz no hemisfério. E a temporada prometia revelações fascinantes. Após recolhermos os depoimentos de dois notáveis geógrafos (Bertrand, em Toulouse; Dauphiné, em Nice), fomos em busca de elucidação filosófica. Nossa Tese (então semi-acabada), prevendo a genealogia do discurso teorético-quantitativista, naturalmente tangenciava a controvertida e extensa questão da “teoria do conhecimento”. Isto é, obrigava um inquérito meticuloso acerca do sistema filosófico provável indutor desse discurso ... ou, dos princípios científicos que ele veicula. A literatura corrente (estrangeira e nacional) sustenta, com razoável consenso, que seria sobretudo neopositivista a matriz do pensamento geográfico especialmente afeito às modelagens teóricas e aos expedientes matemático-estatísticos. Vista da perspectiva da filosofia, a Nova Geografia teria sido, então, uma escola que incorporou alguns de seus preceitos mais emblemáticos; tais como o elogio do controle sintático inerente à linguagem fisicalista e a opção pelo ensaio dedutivo baseado em conjecturas a priori. Mas ocorre que, a despeito do mencionado “consenso”, há também nos compêndios e historiografias, leituras autorais que admitem com reservas o presumido rebatimento preceitos®princípios1. Logo, a relativa ambigüidade se nos configurava uma motivação suplementar aos diálogos especializados.Downloads
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