PRINCÍPIOS DO ENSINAR-APRENDER GEOGRAFIA: APONTAMENTOS PARA A RACIONALIDADE DO COMUM

Autores

  • Eduardo Donizeti GIROTTO Universidade de São Paulo (USP)
  • Ana Cláudia Carvalho GIORDANI Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.5016/geografia.v44i1.14961

Resumo

O presente artigo discute princípios para ensinar-aprender geografia na escola pública, reconhecendo e problematizando o contexto de ampliação das desigualdades e violação de direitos que têm marcado o projeto societário neoliberal no Brasil. Parte importante deste contexto acentua-se com a emergência de políticas educacionais que pouco problematizam as desigualdades da educação pública no Brasil, reproduzindo-as, com o intuito de consolidar lógicas privatistas em torno das escolas, dos campos disciplinares, da docência e da educação. Os princípios apresentados neste texto se fundam na busca de uma outra racionalidade para além da lógica neoliberal. Para tanto, dialogamos com o conceito de comum, sistematizado por Dardot & Laval (2018), discutindo os sentidos do ensinar-aprender geografia como momento de construção desta outra racionalidade. Em nossa perspectiva, diante da hegemonia da racionalidade neoliberal, é fundamental construir o comum desde as escolas, reinventando nossas práticas, reconhecendo as geografias que fazemos, em diferentes contextos e que, reunidas, tecem novas grafias a muitas mãos e abrem as possibilidades das ações em defesa de um outro projeto societário.

Biografia do Autor

Eduardo Donizeti GIROTTO, Universidade de São Paulo (USP)

Professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP). Coordenador do Laboratório de Ensino e Material Didático e membro da Rede Escola Pública e Universidade.

Ana Cláudia Carvalho GIORDANI, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

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Publicado

2020-04-17

Edição

Seção

Artigos