A Negociação de Sinais em Libras como Possibilidade de Ensino e de Aprendizagem de Geometria

Autores

  • Elielson Ribeiro de Sales Universidade Federal do Pará
  • Miriam Godoy Penteado Universidade Estadual Paulista
  • Amanda Queiroz Moura

Palavras-chave:

Educação Matemática e Surdez. Ensino e Aprendizagem de Matemática. Educação Inclusiva. Libras. Geometria.

Resumo

A discussão sobre a inclusão de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais está cada vez mais presente nos meios acadêmico e escolar. Este artigo discute um processo de negociação de sinais em Libras, em aulas de matemática, com base em atividade de ensino realizada com estudantes surdos dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola da rede pública de ensino. Dentre os diferentes aspectos que se mostraram relevantes, destaca-se a interação que se estabeleceu na sala de aula durante uma conversa sobre geometria, tema central das aulas. A primeira seção do artigo apresenta aspectos sobre a surdez e sobre a educação de pessoas surdas. Em seguida, são apresentados o contexto em que se deu a atividade de ensino e trechos das conversas em que os alunos negociam e fazem acordos sobre os sinais a serem utilizados para se referirem às figuras geométricas, que estavam ausentes nos dicionários. Os resultados indicam a importância do processo de negociação de sinais para a ampliação da Libras no campo lexical, bem como para o envolvimento dos alunos na atividade uma vez que oferece uma oportunidade de exploração das propriedades matemáticas envolvidas nas tarefas. Por fim, reconhece-se que a inclusão de estudantes com deficiência na escola regular parece estar bem amparada pela legislação em relação ao acesso, mas ainda é preciso mais ações que garantam espaços de aprendizagem para todos. Palavras-chave: Educação Matemática e Surdez. Ensino e Aprendizagem de Matemática. Educação Inclusiva. Libras. Geometria.

Biografia do Autor

Elielson Ribeiro de Sales, Universidade Federal do Pará

Elielson Sales é Doutor em Educação Matemática pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (2013). Docente do Instituto de Educação Matemática e Científica, na Universidade Federal do Pará. Atualmente, coordena o Projeto de Pesquisa intitulado "Educação Matemática para Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais". Coordena ainda o grupo de pesquisa Ruaké (Grupo de Pesquisa em Educação em Ciências, Matemáticas e Inclusão). Atua na área da Educação, com ênfase em Educação Matemática nos seguintes temas: Ensino e aprendizagem da matemática para pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e Inclusão

Miriam Godoy Penteado, Universidade Estadual Paulista

Livre docência em Educação Matemática, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), IGCE - Campus de Rio Claro; doutorado em educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); mestrado em Educação Matemática pela UNESP e graduação em matemática pela UNESP. Ministra aulas no curso de graduação e pós graduação em educação matemática. Desenvolve pesquisa sobre o uso de tecnologia da informação e educação na organização de espaços de ensino e aprendizagem da matemática na perspectiva da educação matemática crítica. As pesquisas têm como foco a formação de professores, parceria universidade e escola, educação matemática para estudantes com necessidades especiais.

Amanda Queiroz Moura

Licenciada em Matemática e Mestre em Educação Matemática pelo Programa de Pós- Graduação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) de Rio Claro, atuando na linha de pesquisa de formação de professores, com ênfase em Educação Matemática e Inclusão.

Publicado

2015-12-14

Edição

Seção

ARTIGOS