Perceções de professores/as sobre as diferenças de género na educação em sexualidade em escolas portuguesas
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.vol24.n45.p23-39Palavras-chave:
Género, identidades de género, relações de poder, professores, alunosResumo
Argumenta-se que os/as estudantes usam ativamente o material de educação em sexualidade (ES), bem como os aspetos da vida na escola, como recursos simbólicos para construir a sua identidade de género e as suas relações de poder. Neste sentido, aplicou-se uma entrevista semiestruturada a uma amostra intencional de professores/as, que lecionam entre o 7º e o 12º anos de escolaridade e já desenvolveram projetos ou atividades de ES (N=87), para focar, entre outros aspetos, as características de género que afetam a resposta dos/as estudantes na ES, visando: i) conhecer as diferenças de género nas reações à ES; ii) conhecer a natureza das interações de género durante a ES; iii) compreender como o género e a identidade sexual foram evidenciados pelos/as adolescentes nas suas respostas à ES. De acordo com o discurso da maior parte dos/as professores/as, durante a ES os rapazes tentaram demostrar a sua masculinidade mostrando-se diferentes das raparigas e distanciando-se de todos os assuntos relacionados com a sexualidade das mulheres, desvalorizando e afastando-se de tudo o que é feminino o que envolveu, por vezes, depreciar e insultar as raparigas. As alunas reagiram positivamente porque a ES mantém e apoia o seu sentido de identidade de género e o que os códigos de género prescrevem para elas. Estes resultados revelam que é essencial trabalhar na formação de professores/as a relação entre género, sexualidade e poder para ficarem capacitados para refletir criticamente sobre as reações dos/as alunos/as no sentido de promover a equidade de género.Downloads
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