¿Cómo se diseñan vidas diferentes? Una mirada al currículo de Proyecto de Vida y Educación Emprendedora en la ciudad de Pelotas-RS
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v34.n.68.s18645Palabras clave:
Diferencia. Plan de estudios. Proyecto de vida. Educación emprendedora. Género.Resumen
La Secretaría Municipal de Educación de la ciudad de Pelotas-RS estableció como obligatorios los componentes curriculares Proyecto de Vida y Educación Empreendedora, teniendo en cuenta la Base Curricular Nacional Comum (BNCC), que propone el trabajo de esos temas en la educación básica. Dado el movimiento nacional, corroborado por el avance del neoliberalismo, de que la educación necesita enseñar a los estudiantes principios de un individuo emprendedor y habilidades para diseñar sus vidas, nos preguntamos cómo los documentos curriculares proponen cubrir los marcadores de diferencias en este contexto. Nuestra investigación se basó en los documentos curriculares propuestos por el municipio de Pelotas, con los objetivos de: a) investigar cómo los discursos que involucran el Proyecto de Vida y Educación Empreendedora se relacionan con los marcadores de diferencia; b) problematizar cómo las discusiones sobre género y sexualidad están presentes en las directrices curriculares del Proyecto de Vida y de la Educación Empreendedora; c) reflexionar sobre cómo las formas de diseñar la vida y el emprender se corresponden con las diferentes realidades de los estudiantes en cuanto a género, sexualidad y otros marcadores de diferencia. A partir de esta discusión, problematizamos los documentos curriculares y las formas en que los discursos neoliberales cooptan y vacían las nociones de diversidad y diferencia, evitando directrices explícitas respecto al género y la sexualidad.
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