ENTRE RIOS, ILHAS E FLORESTAS: A FORMAÇÃO DO ESPAÇO HABITADO PELO PESCADOR-RIBEIRINHO DA COMUNIDADE DE BOA ESPERANÇA NO RIO XINGU
Resumo
A presente pesquisa aborda questões oriundas da produção do espaço habitado pela comunidade ribeirinha de Boa Esperança, localizada em um arquipélago de ilhas fluviais à montante da cidade de Altamira-Pará no rio Xingu. Por estar em baixas latitudes, tal comunidade apresenta-se sob regime climático tropical de curta estação seca (clima do tipo am), com formações de residências palafíticas que ocupam as planícies sazonalmente alagadas, o “beiradão”, que também propõem campos férteis para atividades agrícolas. Destarte, de maneira geral, este trabalho de pesquisa busca compreender o processo de produção do espaço habitado pela comunidade ribeirinha de Boa Esperança, a princípio, listando os aspectos da paisagem no cotidiano da comunidade, bem como, somado a esses objetivos, acrescenta-se o de construção de certa análise reflexiva acerca das relações de trabalho que atribuem funcionalidade a configuração territorial da comunidade. Este, por sua vez, apresenta traços da ancestralidade dos seringueiros que migraram do Nordeste para trabalhar nos seringais do médio Xingu, em sua maior parcela, na extração do látex das seringueiras nativas da região em meados do século XIX, década de 1870. Desde então, atividades de trabalho como o extrativismo, o roçado e a pesca artesanal têm sido base de sustentação e de comércio das famílias ribeirinhas que se constituíram no processo de estruturação da economia de aviamento na região.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN: 1678—698X está licenciada sob Licença Creative Commons