A TÉCNICA E A CIÊNCIA COMO MEDIADORAS DA RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA EM FRANCIS BACON (1560-1626): O DOMÍNIO SOBRE AS FORÇAS NATURAIS COMO OBRIGAÇÃO RELIGIOSA DO HOMEM
DOI:
https://doi.org/10.5016/estgeo.v22i2.18549Resumo
O presente artigo trata da posse da Natureza pelo homem na filosofia de Francis Bacon. Em oposição à postura do Ocidente antigo e medieval, ao defender a inseparabilidade entre trabalho prático e teórico, entre ciência e técnica Bacon revolucionou a análise das relações homem-meio. Há de se destacar, também, o tema da Queda. Para o legado cristão, o homem é desprovido do domínio espontâneo que possuía sobre a Natureza antes do pecado original. Para F. Bacon somente um novo saber daria ao homem um novo tipo de posse sobre a Natureza, viabilizada pela técnica amalgamada à ciência. Cabe ressaltar que se dialoga com parte do legado de Milton Santos, no sentido de busca por compreensão da relação sociedade-natureza respaldada pela ação técnica e científica. Na obra de M. Santos, em sua perspectiva de técnica e de ciência, tem-se uma Geografia prenhe de temas atinentes à obra baconiana.
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Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN: 1678—698X está licenciada sob Licença Creative Commons