SOBRE A CHINA: COLISÕES INTERPRETATIVAS EM DAVID HARVEY SOBRE O “SOCIALISMO DE MERCADO”
DOI:
https://doi.org/10.5016/estgeo.v22i1.18455Resumo
Estabelecido como um geógrafo marxista que tem estudado as relações entre as crises dos excedentes de capital-trabalho e os processos de ordenamentos espaço-temporais, David Harvey tem demonstrado, nos últimos cinquenta anos, como a acumulação, bem como suas desvalorizações, espacializam-se nas espoliações de terras, nas explorações de desapossados, na privatização-extração de recursos naturais, nos deslocamentos das indústrias, na produção de espaços urbanos, na expansão de infraestruturas físicas e sociais, nos movimentos sociais que resistem à expropriação-exploração da exportação de capital, nas destruições territoriais e nas guerras. Dessa forma, este ensaio busca reconstruir algumas colisões interpretativas que Harvey têm realizado, em textos científicos e em diálogos nas redes sociais, sobre a ascensão da China como espaço novo na geopolítica internacional, a saber: i) desde o seu projeto de abertura para as ações do mercado em seu território, a partir de 1978; ii) até os anos mais recentes, após a recuperação chinesa da crise de 2008 pelos investimentos urbano-infraestruturais, momento em que a China se posiciona como a segunda maior economia do mundo.
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Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN: 1678—698X está licenciada sob Licença Creative Commons