PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAMÁFICAS E METAULTRAMÁFICAS DA REGIÃO DE JACUÍ-BOM JESUS DA PENHA (MG)

Autores

  • Filipe Goulart LIMA
  • Antenor ZANARDO
  • Letícia Hirata GODOY
  • Guillermo Rafael Beltran NAVARRO

Resumo

No limite sul do Cráton do São Francisco, entre as cidades de Jacuí e Bom Jesus da Penha, sul/sudoeste do Estado de Minas Gerais, ocorrem centenas de corpos metaultramáficos e metamáficos, com formas lenticulares a irregulares, decimétricos a hectométricos, às vezes quilométricos, alongados e concentrados na direção E-W a WNW/ESE. Esses corpos formam uma faixa que aflora em uma área de aproximadamente 70 km2 no contato entre as rochas infracrustais arqueanas e paleoproterozóicas e as rochas supracrustais alóctones neoproterozóicas. As rochas dessa faixa foram atribuídas ao Greenstone Belt Morro do Ferro e atualmente são consideradas como uma sequência ofiolítica neoproterozoica. Os litotipos atribuídos a essa sequência são representados por anfibolitos, anfibólio xistos, metaperidotitos, entre outros. Estas rochas foram afetadas por metamorfismo regional de fácies anfibolito (700-750°C, com pressões mínimas de 7 kbars) e anatexia parcial de rochas graníticas, condições idênticas ao observado nas rochas do Grupo Araxá, com as quais ocorrem intercaladas. Os dados litoquímicos, em congruência com a petrografia, mostram que os protólitos dessas rochas seriam piroxenitos, peridotitos e intrusões básicas, associados a um complexo de subducção e evidenciam modificações químicas atribuídas a contaminação crustal durante a evolução tectono-metamórfica.

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Publicado

2016-05-09

Edição

Seção

Artigos