NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS E A BIOESTRATIGRAFIA DO OLIGOCENO – PLIOCENO DA MARGEM CONTINENTAL BRASILEIRA
Autores
Denis Antonio BATISTON
Rogério Loureiro ANTUNES
Dimas DIAS-BRITO
Resumo
Em todo o mundo e há quase meio século, o pacote de rochas marinhas pelíticas distais que compõe o intervalo Oligoceno – Plioceno vem sendo subdividido estratigraficamente com base em estudos de nanofósseis calcários. Tal subdivisão tem tido como referência alguns biozoneamentos internacionais que se tornaram clássicos, sendo que, regionalmente, vem sendo feita a partir de estudos conduzidos pela indústria petrolífera. Neste último caso, os limites das biozonas essencialmente coincidem com horizontes de sucessivos desaparecimentos (últimas ocorrências ou “extinções”) de diferentes espécies. Este trabalho apresenta o zoneamento estabelecido para a Margem Continental Brasileira por Richter e colegas, relacionando-o com as propostas clássicas de Martini e Okada & Bukry. Das 18 biozonas reconhecidas, seis são associadas ao Oligoceno, dez ao Mioceno e duas ao Plioceno. Um selecionado conjunto de seções delgadas, fotografadas ao microscópio óptico, deram origem às imagens das espécies-chave oligo-pliocênicas das bacias costeiras do Brasil aqui apresentadas. O estudo contribui para a difusão da bioestratigrafia de nanofósseis calcários aplicada ao estudo de unidades sedimentares cenozoicas de subsuperfície do Atlântico Sul.