GÊNESE DE TURFEIRAS E MUDANÇAS AMBIENTAIS QUATERNÁRIAS NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL – MG

Autores

  • Márcio Luiz da SILVA
  • Alexandre Christófaro SILVA

Resumo

A Serra do Espinhaço Meridional - SdEM, possui litologias predominantemente quartzíticas e é caracterizada por apresentar variações de altitudes e áreas dissecadas entremeadas a superfícies de aplainamento, onde, nas depressões, ocorrem as turfeiras. O objetivo desse trabalho foi mapear as turfeiras da porção norte da SdEM, discutir sua cronologia através de datações radiocarbônicas (14C) e utilizar isótopos estáveis de carbono (δ13C) visando detectar vestígios de mudanças ambientais regionais que ocorreram no Quaternário. A determinação da área e mapeamento das turfeiras foi realizada através de trabalhos de campo, análises de imagens e de fotografias aéreas. As amostragens foram realizadas em seis turfeiras na porção norte da SdEM. Foram coletadas treze amostras em diferentes profundidades nas Turfeiras Pinheiro, Sempre-Vivas I, II e III, São Miguel e Pico do Itambé, para processamento e determinação da composição isotópica (δ13C) e datações radiocarbônicas (14C) por espectrometria de cintilação líquida de baixa radiação de fundo. Segundo as datações, as turfeiras da SdEM teriam começado a se formar a 42.175 ± 3.390 A.P. (Pleistoceno). Elas indicaram, através da composição isotópica, mudanças na cobertura vegetal ao longo do Pleistoceno Superior e do Holoceno, sugerindo uma interpretação e inferência que aponta para possíveis mudanças no clima local e regional.

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Publicado

2016-08-15

Edição

Seção

Artigos