O presente trabalho destaca as dificuldades e aponta soluções para a obtenção de corpos de provas visando estudos geológicos e geotécnicos de rochas brandas. Trata-se de uma das operações mais complexas na temática destes materiais, especialmente quando elas se mostram muito susceptíveis à desagregação com mínimas variações da umidade relativa do ar. Diante destas constatações, é apresentada metodologia experimental envolvendo a extração de corpos de prova prismáticos e cilíndricos para ensaios destrutivos e não destrutivos (propagação de ondas) em siltitos argilosos do Grupo Itararé. A validade dos procedimentos adotados bem como as vantagens das amostras cilíndricas são discutidas, assim como os valores da resistência à compressão uniaxial e dos módulos estático e dinâmico de deformabilidade. Destaca-se a importância deste estudo uma vez que estes materiais problemáticos afloram nas imediações do aeroporto de Viracopos (Campinas) e também em parte do traçado previsto do Trem de Alta Velocidade (TAV) brasileiro, onde serão realizadas obras de engenharia tais como fundações, cortes e aterros, entre outras.
Biografia do Autor
Rogério Pinto RIBEIRO, Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC/USP)
Possui graduação em Geologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (1988), Mestrado (2002), Doutorado (2005) e Pós Doutorado (2007) pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo - EESC/USP.
Desde 2011 é Professor Doutor do Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo - EESC/USP, desenvolvendo estudos de materiais pétreos como revestimento ou agregados em obras de engenharia, agrupando linhas de pesquisa relacionadas com as propriedades físico-mecânicas, químico-mineralógicas e texturais num contexto geotécnico. Tem experiência profissional nas áreas de Geologia, Geologia de Engenharia e Mapeamento geotécnico.
João Cândido Valenga PARIZOTTO, Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC/USP)
Departamento de Geotecnia
Antenor Braga PARAGUASSÚ, Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC/USP)