EVENTOS TECTÔNICOS E SEDIMENTARES NAS BACIAS DE PERNAMBUCO E DA PARAÍBA: IMPLICAÇÕES NO QUEBRAMENTO DO GONDWANA E CORRELAÇÃO COM A BACIA DO RIO MUNI
Autores
Mário Ferreira de Lima Filho
Departamento de Geologia, Universidade Federal de Pernambuco
José Barbosa
Programa de Recursos Humanos 26 (PRH-26) da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Departamento de Geologia, Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco
Ebenézer Moreno de Souza
Comissão Nacional de Energia Nuclear, Centro Regional de Ciências Nucleares
Palavras-chave:
Bacia de Pernambuco, Bacia da Paraíba, bacias marginais, abertura do Atlântico.
Resumo
Este trabalho descreve os eventos tectônicos e sedimentares envolvidos na gênese e evolução das bacias marginais de Pernambuco e da Paraíba, Nordeste do Brasil. A abertura do Atlântico neste ponto teve início no desenvolvimento do Rifte do Cupê (Aptiano), parte integrante da Bacia de Pernambuco, e avançou em direção à Bacia da Paraíba, depositando sedimentos albiano/aptianos, como conseqüência do evento de distensão da base da seção rifte ocorrido na margem oriental do Nordeste. Seu preenchimento sedimentar, aliado ao mecanismo de ruptura da crosta, remete a um cenário onde a separação completa desta parte do continente sul-americano e do continente africano se deu por completa no pós-Turoniano, como parte do detachment extensional entre as duas placas (Discordância do Turoniano). Correlacionando estas bacias com a Bacia do Rio Muni, no oeste da África, nota-se uma forte correlação dos seus depósitos sedimentares e eventos tectônicos. Sem maior expressão até meados da década passada, a Bacia do Rio Muni atualmente produz aproximadamente 12.000 barris/dia de petróleo
Biografia do Autor
Mário Ferreira de Lima Filho, Departamento de Geologia, Universidade Federal de Pernambuco