FORAMINÍFEROS E OSTRACODES DO CENOMANIANO - TURONIANO DA BACIA SERGIPE ALAGOAS: IMPLICAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOECOLÓGICAS
DOI:
https://doi.org/10.5016/geociencias.v38i3.13036Resumo
No presente estudo, são apresentados os foraminíferos e ostracodes recuperados em uma amostragem da Formação Cotinguiba, Bacia de Sergipe-Alagoas. A microfauna de ostracodes é composta por uma abundância de Paracypris eniotmetos (Candonidae) e trachyleberidídeos (Sergipella? sp., Sapucariella multidifferentis e Sapucariella sp.), além dos táxons Cytherella gambiensis e Cytherelloidea sp. pertencentes a família Cytherellidae. A associação de foraminíferos bentônicos é composta por táxons aglutinantes com predomínio dos spiroplectamminídeos (Quasispiroplectammina cf. regoi e Quasispiroplectammina sp.), e táxons de carapaça calcária-hialina, representada por gavelinelídeos e turrinilídeos (gênero Praebulimina) que dominam a associação. A assembleia de foraminíferos planctônicos é caracterizada pela frequência de Planoheterohelix ex gr. globulosa e abundantes hedbergenilídeos, representado pelo gênero Whiteinella (Whiteinella baltica, Whiteinella cf. baltica, Whiteinella aff. archaeocretacea, Whiteinella ? sp.), além de Muricohedbergella cf. delrioensis, Muricohedbergella sp. Clavihedbergella simplex e Falsotruncana? sp. Com base nessa associação planctônica, bem como na ocorrência de Sapucariella multidifferentis, a amostra foi posicionada na transição Cenomaniano-Turoniano (94,03 m.a), dentro da Zona W. archaeocretacea. A associação identificada evidencia um domínio de táxons oportunistas de ambientes mesotróficos para eutróficos, tolerantes a variações nos níveis de oxigênio e importantes marcadores globais do OEA 2 (Cenomaniano-Turoniano).