IMPACTO ANTRÓPICO NO PROCESSO DE ASSOREAMENTO DA ENSEADA DA JAPUÍBA, ANGRA DOS REIS (RJ)

Anthropic impact in the silting process of Japuíba Bight, Angra dos Reis (RJ)

Autores

  • Yury Souto Simen VIEIRA Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Natasha Santos Gomes STANTON Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Hélio Heringer VILLENA Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Renata Cardia REBOUÇAS Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v39i2.13463

Resumo

Foi realizado um estudo da Enseada da Japuíba, no município de Angra dos Reis, para investigar o processo de assoreamento que vem ocorrendo na região. Realizou-se levantamentos batimétricos, sedimentológicos e de acervos fotoaéreos para analisar a evolução temporal da batimetria, da textura sedimentar e de áreas de interesse nos arredores da enseada. Foram processados dados batimétricos de 1979 e de 2018, resultando em mapas comparativos de batimetria e de assoreamento/erosão. Com a análise dos sedimentos obteve-se a distribuição textural. Ocorre na enseada um processo de assoreamento, principalmente ao longo de uma zona leste – oeste em frente ao aeroporto da cidade de Angra dos Reis, próximo à linha de costa e no canal de navegação entre as ilhas Redonda e dos Bois. As principais fontes de sedimento são os rios Japuíba e Gamboa e pequenos ribeirões além do escoamento superficial devido a chuvas. O volume total de assoreamento e a taxa foram de 1.252.642,75 m³ e 0,97 cm/ano respectivamente. Propõe-se que significativos impactos antrópicos aumentaram o assoreamento da enseada, através de uma ocupação urbana desenfreada, do desmatamento das áreas de mangue, da retificação dos rios Gamboa e Japuíba e a remoção de suas matas ciliares e as dragagens ocorridas na enseada.

Biografia do Autor

Yury Souto Simen VIEIRA, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Faculdade de Oceanografia, Hidrografia.Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Natasha Santos Gomes STANTON, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Faculdade de Oceanografia, Geologia e Geofísica Marinha.

Hélio Heringer VILLENA, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Oceanografia, Hidrografia.

Renata Cardia REBOUÇAS, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Oceanografia, Morfodinâmica Costeira.

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Publicado

2020-07-17

Edição

Seção

Artigos