EVOLUÇÃO DA MARGEM ATLÂNTICA EQUATORIAL DO BRASIL: TRÊS FASES DISTENSIVAS
Autores
Adilson Viana SOARES JÚNIOR
Departamento de Petrologia e Metalogenia, IGCE, UNES
João Batista Sena COSTA
Instituto de Estudos Superiores da Amazônia.
Yociteru HASUI
Departamento de Petrologia e Metalogenia, IGCE, UNESP
Palavras-chave:
Oceano Atlântico Central, Oceano Atlântico Equatorial, eventos distensivos, paleogeografia, Gonduana
Resumo
A Margem Atlântica Equatorial se formou em três eventos distensivos durante o Mesozóico. No Neotriássico, o Pangea
passou a experimentar esforços distensivos em partes do seu interior e estes eventos na América do Sul foram materializados por soerguimentos com magmatismo associado e instalação de junções tríplices, resultando na formação do Oceano Atlântico Central. O braço deste oceano na América do Sul está registrado pelo Gráben de Calçoene da Bacia da Foz do Amazonas e representa o primeiro evento. O segundo evento iniciou no Eocretáceo (Valanginiano), quando ocorreu novo rifteamento que resultou na ampliação dessa bacia e a
formação de outras (Marajó e Grajaú) e do Sistema de Grábens do Gurupi. O terceiro evento ocorreu ainda no Eocretáceo (Albiano) com o avanço para noroeste do rifteamento, que gerou as bacias Potiguar, Ceará, Barreirinhas e Pará-Maranhão e ampliou a Bacia da Foz do
Amazonas. No final do Eocretáceo, houve atenuação da movimentação na Bacia de Marajó e no Sistema de Grábens do Gurupi e os esforços distensivos se concentraram nas bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas, levando à ruptura dos continentes sul-americano e africano e com formação de crosta oceânica.
Palavras-chave: Oceano Atlântico Central, Oceano Atlântico Equatorial, eventos distensivos, paleogeografia, Gonduana.
Biografia do Autor
Adilson Viana SOARES JÚNIOR, Departamento de Petrologia e Metalogenia, IGCE, UNES
É graduado (1999), Mestre (2002) e Doutor (2007) em Geologia pela Universidade Federal do Pará. Atualmente desenvolve projeto de Pós-Doutorado na Universidade Estadual Paulista - UNESP, com estudos nas bacias de Campos e Santos. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Estrutural e Geotectônica de riftes mesozóicos, atuando principalmente nos seguintes temas: Evolução geológica de riftes mesozóicos, Influência do embasamento na instalação dos riftes mesozóicos, Evolução da paisagem, Paleogeografia e Neotectônica na Região Amazônica. Atua também na área de Geoprocessamento, com ênfase em Sensoriamento Remoto aplicado à análise de cobertura vegetal e desmatamento e Sistemas de Informação Geográfica aplicados à gestão de energia elétrica, Telecomunicações e planejamento urbano.
João Batista Sena COSTA, Instituto de Estudos Superiores da Amazônia.
Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (1977) , especialização em Geologia pela Universidade Federal do Pará (1980) , mestrado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (1980) , doutorado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (1985) e pós-doutorado pela Royal School Of Mines Imperial College (1987) . Atualmente é PROFESSOR ADJUNTO IV da Universidade Federal do Pará, PESQUISADOR DO CNPQ da Universidade Federal do Pará, PROFESSOR DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOG da Universidade Federal do Pará e Vice-Diretor do Instituto de Estudos Superiores da Amazônia. Tem experiência na área de Geociências , com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: CINTURÃO DE CISALHAMENTO, COLISÃO CONTINENTAL, GEOTECTÔNICA.
Yociteru HASUI, Departamento de Petrologia e Metalogenia, IGCE, UNESP
É graduado em Geologia (1961), doutor em Geociências (1967) e Livre Docente (1973) pela Universidade de São Paulo. Atuou na USP, IPT e UNESP. É aposentado como Professor Titular da UNESP/Campus de Rio Claro. Atua na área de Geociências, com ênfase em Geotectônica, Geologia Estrutural e Geologia Regional, em pesquisa básica e aplicada.