ROCHAS PIROCLÁSTICAS DE PREENCHIMENTO DE CONDUTOS SUBVULCÂNICOS DO MENDANHA, ITAÚNA E ILHA DE CABO FRIO, RJ, E SEU PROCESSO DE FORMAÇÃO COM BASE NO MODELO DE IMPLOSÃO DE CONDUTO

Autores

  • Akihisa Motoki Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea.
  • Susanna Eleonora Sichel Departamento de Geologia, Laboratório de Geologia do Mar, Universidade Federal Fluminense
  • Rodrigo SOARES Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea.
  • José Ribeiro Aires Abastecimento do Petróleo Brasileiro S.A. (ABAST/PETROBRAS).
  • Davi Canabarro Savi Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, Marinha do Brasil (IEAPM)
  • Giannis Hans Petrakis Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (DMPI/UERJ).
  • Kenji Freire Motoki Universidade Federal Fluminense, UFF

Palavras-chave:

rocha piroclástica, conduto subvulcânico, implosão de conduto, Mendanha, Itaúna, Ilha de Cabo Frio

Resumo

Este trabalho apresenta as características geológicas, litológicas e petrográficas de rochas piroclásticas de preenchimento de condutos subvulcânicos do maciço Mendanha, maciço Itaúna e da Ilha de Cabo Frio, RJ, e as considerações sobre o processo de formação. Os contatos com as rochas encaixantes são subverticais. Observa-se uma intercalação de traquito com largura métrica entre a rocha piroclástica e rocha encaixante. Os clastos das rochas piroclásticas são geralmente menor do que 6 cm, porém há uma grande variação desde milímetros até 3 m em diâmetro. Os clastos grandes tendem a serem arredondados e os pequenos a serem angulosos. Não se observa seleção granulométrica dos clastos em escala de afloramento e notáveis acamamentos vulcânicos. Ocorrem localmente os clastos maiores do que 50 cm com estrutura de auto-brechação. Os clastos são compostos principalmente de traquito, porém esta rocha é um componente subordinado da rocha encaixante. Foi observada a estrutura reoeutaxítica de alta declividade. As rochas piroclásticas são intensamente intemperizadas devido à disseminação de carbonatos causado por alteração hidrotermal. As observações acima citadas sugerem o seguinte processo de formação para as rochas piroclásticas: 1) No estágio inicial da erupção, o conduto foi preenchido pelo magma traquítico e a consolidação do magma começou a ocorrer a partir da zona de contato; 2) No estágio seguido, ocorreram a fluidização do magma e conseqüente erupção explosiva e, o traquito já consolidado no conduto foi pulverizado transformando-se em clastos; 3) No estagio final, aconteceram a implosão do conduto e o colapso de grandes blocos de traquito ao conduto subvulcânico. Palavras-chave: rocha piroclástica, conduto subvulcânico, implosão de conduto, Mendanha, Itaúna, Ilha de Cabo Frio.

Biografia do Autor

Akihisa Motoki, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea.

http://lattes.cnpq.br/2052652178126616

Susanna Eleonora Sichel, Departamento de Geologia, Laboratório de Geologia do Mar, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975), mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983) e doutorado em Oceonografia - University of Rhode Island (1990). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Processos na Cordilheira Meso Atlantica Sul, atuando principalmente nos seguintes temas: atlantico equatorial, isotopos, vulcão, zona de fratura e Cadeia meso Atlanica.

Rodrigo SOARES, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Geologia, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea.

Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (DMPI/UERJ). Rua São Francisco Xavier, 524, Sala A4023 – Maracanã. CEP 20550-990. Rio de Janeiro, RJ.

José Ribeiro Aires, Abastecimento do Petróleo Brasileiro S.A. (ABAST/PETROBRAS).

Possui doutorado em Geociências (Geoquímica Ambiental) pela Universidade Federal Fluminense (2001), mestrado em Geologia Estrutural pela Universidade Federal de Ouro Preto (1985) e graduação em Geologia e especialização em Geologia do Petróleo pela Universidade Federal da Bahia (1980). Atualmente é Consultor de Negócios da Petróleo Brasileiro S/A, atuando na área ambiental da implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, Tectônica Experimental com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: monitoramento ambiental, termorreciclagem, pirólise, educação ambiental e resíduos sólidos industriais.

Davi Canabarro Savi, Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, Marinha do Brasil (IEAPM)

Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, Marinha do Brasil (IEAPM). Rua Kioto, 253 – Praia dos Anjos. CEP 28930-000. Arraial do Cabo, RJ. Endereço eletrônico: david_canabarro@uol.com.br

Giannis Hans Petrakis, Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (DMPI/UERJ).

Graduação em andamento em Geografia . Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil.

Kenji Freire Motoki, Universidade Federal Fluminense, UFF

Graduação em andamento em Geofísica . Universidade Federal Fluminense, UFF, Brasil.

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Publicado

2010-08-20

Edição

Seção

Artigos