DIQUES CLÁSTICOS NA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ (P) NO NORDESTE DA BACIA DO PARANÁ, SP: ANÁLISE SISTEMÁTICA E SIGNIFICAÇÕES ESTRATIGRÁFICAS, SEDIMENTOLÓGICAS E TECTÔNICAS

Autores

  • José Alexandre de Jesus Perinotto UNESP
  • Mario Lincoln De Carlos Etchebehere Universidade Guarulhos, Centro de Pós Graduação Pesquisa e Extensão.
  • Luiz Sérgio Amarante Simões Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro.
  • Antenor Zanardo Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro.

Palavras-chave:

diques clásticos, Formação Corumbataí, paleossismologia, nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná,

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de um levantamento sistemático dos diques clásticos encontrados na Formação Corumbataí, na região nordeste do Estado de São Paulo. Busca-se, também, explorar aspectos relativos à gênese e às significações estratigráfico-sedimentológicas dessas estruturas, bem como de suas implicações estratigráficas, tectônicas e evolutivas para esta porção da Bacia Sedimentar do Paraná e de seu registro geológico. Os trabalhos de campo foram desenvolvidos em 3 principais afloramentos (dois cortes de estrada e uma pedreira), que congregam as mais importantes ocorrências de diques na área de estudo. Os diques se mostram, regra geral, constituídos de material arenoso ou síltico-arenoso, que penetram rochas adjacentes, tanto na vertical, formando os chamados diques clásticos (predominantes), como, por vezes, na horizontal formando sills (subordinados). Os diques presentes nessa unidade estratigráfica apresentam-se sob diferentes formas e dimensões, e encontram-se restritos aos estratos superiores da Formação Corumbataí. As paredes dos diques mostram deformações que indicam efeitos de compactação, sugerindo que os diques se intrudiram nos sedimentos encaixantes em situação pré-diagenética, provavelmente nas proximidades da superfície pretérita. Defende-se, neste artigo, a hipótese de uma origem sísmica para as intrusões clásticas. Essas estruturas tendem a ocorrer a partir de sismos de magnitude superior a 5, o que implica em eventos expressivos, recorrentes durante a deposição do terço superior da Formação Corumbataí, avançando, inclusive, para a porção basal da Formação Pirambóia. A análise de mapas de isópacas das unidades permianas e mesozóicas abrangendo a porção nordeste da Bacia do Paraná sugere um recuo das condições marinhas epicontinentais para ambiente plataformal raso e, finalmente, desertos costeiros. Este soerguimento tectônico poderia se fazer acompanhado de sismicidade expressiva, registrada como as intrusões aqui tratadas – que poderiam ser designadas, assim, “sismitos”. Palavras-chave: diques clásticos; Formação Corumbataí; paleossismologia; nordeste da Bacia Sedimentar do Paraná; Permo-triássico.

Biografia do Autor

José Alexandre de Jesus Perinotto, UNESP

Graduado em Geologia pela Universidade Estadual Paulista - Unesp (1979), mestrado em Geociências (Geologia Sedimentar) pela USP (1987), doutorado em Geologia Regional (1992) e livre-docência em Análise Estratigráfica (1997) pela Unesp. Atualmente é professor adjunto (graduação e pós) do Instituto de Geociências e Ciências Exatas, da Unesp - Rio Claro (Departamento de Geologia Aplicada) e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente. Ênfase em Análise de Bacias, Mapeamento Geológico e em Geociências e Meio Ambiente, atuando principalmente na Bacia do Paraná. Editor-Chefe da revista Geociências. Pesquisador do PROANTAR.

Mario Lincoln De Carlos Etchebehere, Universidade Guarulhos, Centro de Pós Graduação Pesquisa e Extensão.

http://lattes.cnpq.br/4224942827870083

Luiz Sérgio Amarante Simões, Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro.

http://lattes.cnpq.br/8494978763134595

Antenor Zanardo, Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro.

http://lattes.cnpq.br/6893272900174059

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Publicado

2010-08-20

Edição

Seção

Artigos