INFLUÊNCIA DO ARCABOUÇO HIDROESTRATIGRÁFICO NAS OCORRÊNCIAS DE ARSÊNIO EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS AO LONGO DO CORREDOR TERMAL DO RIO URUGUAI (ARGENTINA – BRASIL – URUGUAI)

Autores

  • Didier GASTMANS LEBAC - UNESP
  • Gerardo VEROSLAVSKY Facultad de Ciencias – UDELAR
  • Hung Kiang CHANG Laboratório de Estudos de Bacias, LEBAC. Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro
  • Josefina MARMISOLLE Facultad de Ciencias – UDELAR
  • Alejandro OLEAGA INGESUR SRL

Palavras-chave:

Sistema Aquífero Guarani, contaminação natural, arsênio, águas termais

Resumo

Localizado na fronteira entre Argentina, Brasil e Uruguai, o Corredor Termal do Rio Uruguai apresenta como principal atividade econômica o turismo termal, que se utiliza das águas do Sistema Aquífero Guarani (SAG). Estudos recentes vêm apontando a ocorrência de concentrações anômalas de arsênio nas águas do SAG nesta região. Os arcabouços geológico e hidrogeológico da área estão associados à evolução da Bacia do Paraná ao sul da Dorsal Assunção-Rio Grande, onde ocorrem sedimentos paleozóicos marinhos e sedimentos continentais permo-eotriássicos e mesozóicos, recobertos por lavas basálticas da Formação Serra Geral. Foram descritas ocorrências de coatings de óxidos de ferro recobrindo, principalmente, os grãos dos arenitos das Formações Buena Vista e Sanga do Cabral, unidades estas subjacentes ao SAG. As ocorrências de arsênio, identificadas na área, estão associadas a águas subterrâneas com pH superior a 8,0 e bicarbonatadas sódicas. O processo de desorção, a partir de arsênio adsorvido em óxidos e hidróxidos de Ferro, em função do elevado pH, é responsável pelas anomalias observadas, indicando que sua origem está associada aos arenitos das unidades subjacentes ao SAG. O aumento nas concentrações de cromo e urânio, também relacionado ao aumento de pH nas águas subterrâneas, aponta para a necessidade de cuidados especiais na utilização das águas subterrâneas da região. Palavras-chave: Sistema Aquífero Guarani, contaminação natural, arsênio, águas termais.

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Publicado

2010-09-02

Edição

Seção

Artigos