EVOLUÇÃO DE ENCOSTAS NO PLANALTO BASÁLTICO COM BASE NA ANÁLISE DE DEPÓSITOS DE COLÚVIO - MÉDIO VALE DO RIO MARRECAS, SW DO PARANÁ
Autores
Julio Cesar PAISANI
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Francielli GEREMIA
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Resumo
Este artigo apresenta as propriedades de depósitos de colúvios em alta encosta no médio vale do rio Marrecas, como fundamento para compreender a evolução das encostas, comandada pela morfogênese. Procedeu-se: a) a descrição de duas seções estratigráficas no setor de alta encosta; b) a verificação da textura da matriz das unidades coluviais, cujos percentuais granulométricos foram plotados em diagrama triangular de Flemming; c) a determinação da mineralogia da fração argila; e d) a descrição micromorfológica.
As propriedades dos depósitos de colúvio das duas seções estratigráficas possibilitaram caracterizar a cobertura pedológica fonte dos materiais coluviais e identificar os respectivos processos deposicionais. Cotejando ambas as informações, pode-se compreender o papel da morfogênese na evolução das encostas da área. A morfogênese esteve presente nas encostas estudadas por meio da ação freqüente do escoamento superficial. Eventos pluviométricos excepcionais foram responsáveis pelo desencadeamento de movimentos de massa no rebordo dos patamares, gerando depósitos de colúvios nas altas encostas. Esses eventos, pouco freqüentes, correspondem aos últimos estágios evolutivos das encostas, acelerando seu recuo e modificando sua morfologia. Acredita-se que esses fenômenos atuaram em escala do médio vale do Rio Marrecas.
Palavras-chave: Evolução de encosta, depósitos de colúvios, rio Marrecas, Planalto Basáltico.