REATIVAÇÃO CENOZOICA DO SISTEMA DE FALHAS DE AFONSO BEZERRA, BACIA POTIGUAR
Resumo
A sequência pós-rifte da Bacia Potiguar, no extremo nordeste brasileiro, já foi considerada pouco deformada, contudo inúmeros trabalhos vêm demonstrando como ela é afetada por importantes sistemas de falhas. O objetivo deste trabalho é evidenciar como o Sistema de Falhas de Afonso Bezerra, de direção NW-SE, deformou rochas aflorantes da Bacia Potiguar. Foram realizados estudos envolvendo sensoriamento remoto, mapeamento estrutural, geofísica rasa (georradar), paleotensões e petrografia. A expressão geomorfológica deste sistema é observada em imagens de satélite, através do controle de drenagens, altos topográficos silicificados e disposição de depósitos cenozoicos. O mapeamento estrutural e as seções de georradar indicaram que este sistema ocorre como juntas, falhas silicificadas e não-silicificadas e bandas de deformação, afetando principalmente as formações Açu, Jandaíra e Barreiras. Os dados petrográficos indicam que a forte silicificação deu às falhas um caráter selante. O estudo de paleotensões indica dois campos de tensões afetando o sistema de falhas: o primeiro, com compressão N-S, do Neocretáceo ao Mioceno; o segundo, com compressão E-W, atuou do Mioceno ao presente. Constatou-se assim que o Sistema de Falhas de Afonso Bezerra afeta todas as unidades litoestratigráficas pós-rifte da Bacia Potiguar, inclusive as coberturas quaternárias, e que foi reativado em períodos pós-campanianos. Palavras-chave: Bacia Potiguar, Falha de Afonso Bezerra, Neógeno.Downloads
Edição
Seção
Artigos