ESTUDO DAS TAXAS DE DENUDAÇÃO QUÍMICA DA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL (MG), COM BASE NA CARGA CATIÔNICA DISSOLVIDA

Autores

  • Helen Nébias BARRETO
  • César Augusto Chicarino VARAJÃO
  • André Augusto Rodrigues SALGADO
  • Angélica Fortes Drummond Chicarino VARAJÃO
  • Hermínio Arias NALINI JÚNIOR

Resumo

O presente estudo tem por objetivo investigar processos denudacionais na Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Minas Gerais, visando avaliar comparativamente a dinâmica de evolução do relevo da área limítrofe entre as bacias do Doce, Jequitinhonha e do São Francisco. A metodologia do trabalho baseou-se na mensuração de taxas de denudação a partir da investigação da carga catiônica dissolvida de cursos d’água de vinte seis bacias hidrográficas com substrato litológico predominantemente quartzítico. As análises físico-químicas de águas superficiais foram utilizadas no cálculo da taxa de denudação, que, de modo geral, apresentou-se baixa (3,06ton/km2/ano) devido à alta resistência da litologia. Os resultados apontaram ainda a existência de um processo de denudação diferencial entre as bordas leste (3,72 ton/km2/ano) e oeste (2,41 ton/km2/ano) da SdEM. As sub-bacias do rio São Francisco apresentaram as menores taxas de rebaixamento químico (1,43 m/Ma, nas serras do Cipó e Talhada; e 0,28 m/Ma, no Planalto Diamantina); as sub-bacias do rio Jequitinhonha taxas medianas (0,52 m/Ma); e as sub-bacias do rio Doce as maiores taxas (2,13 m/Ma). Essas taxas podem ser explicadas pelo maior desnível topográfico das bacias e pela tectônica recente.

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Publicado

2013-09-24

Edição

Seção

Artigos