MORFOPEDOGÊNESE DE ZONA ESCARPADA NA ALTA BACIA RIO DAS VELHAS, QUADRILÁTERO FERRÍFERO, MG: ANÁLISE INTEGRADA DE DADOS FÍSICOS, QUÍMICOS E MINERALÓGICOS

Autores

  • Fernanda de Oliveira COSTA
  • Luis de Almeida Prado BACELLAR
  • Selma Simões de CASTRO
  • Fabricio Ribeiro Maia de RESENDE
  • Simone Ferreira SILVA

Resumo

Na região escarpada da alta bacia do Rio das Velhas a unidade geológica dominante é o Supergrupo Rio das Velhas (SGRV), sobre o qual se desenvolve uma cobertura pedológica, onde predominam Cambissolos Háplicos. Considerando-se a importância do estudo da evolução da cobertura pedológica em continuum de vertentes em condições geológico-geomorfológicas de zonas escarpadas, o objetivo foi avaliar a dinâmica pedogeomorfológica de uma topossequência de solos nesta região, localizada na alta bacia do córrego São Bartolomeu, tributária da sub-bacia do alto Rio das Velhas. Para isso, foram escolhidas e coletadas amostras de solo de cinco perfis de Cambissolos Háplicos para análises físicas e químicas de rotina e análises mineralógicas. Os resultados indicaram que os solos são derivados de transformação vertical do xisto pertecente ao SGRV, sendo os horizontes basais, litodependentes, separados do superior, coluvionar, por uma linha de pedras. Estas linhas são constituídas por fragmentos de quartzo, xisto, couraça ferruginosa e, secundariamente, por itabiritos, e foram datadas como de idade holocênica por luminescência opticamente estimulada (LOE). Constatou-se que os Cambissolos podem ser agrupados em dois grandes compartimentos pedológicos, com graus de desenvolvimento pedogenéticos distintos, o que sugere que a evolução pedomorfogenética da escarpa teria sido marcada por duas grandes fases erosivas.

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Publicado

2014-10-01

Edição

Seção

Artigos