GONDWANA PALEOSURFACES IN ARGENTINA: AN INTRODUCTION

Authors

  • Jorge RABASSA CADIC-CONICET
  • Claudio CARIGNANO Universidad Nacional de Córdoba
  • Marcela CIOCCALE Universidad Nacional de Córdoba

Abstract

RESUMO – As paleosuperfícies Gondwânicas na Argentina foram identificadas por Juan Keidel e Walter Penck já no início do século 20, bem como por outros geólogos e naturalistas de diferentes escolas européias que trabalharam neste país. Estes estudos foram continuados em bom nível no Brasil, graças ao trabalho de Lester C. King, mais tarde intensamente desenvolvidos por João José Bigarella. Entretanto, estes conceitos gradualmente desapareceram do cenário geológico argentino, dominado pela influência de geomorfólogos americanos e particularmente por William Thornbury, que pos em dúvida a existência destas formas de relevo antigas, quando um dos principais paradigmas da época era de que praticamente não há forma de relevo mais velha do que Pleistoceno. Estas formas de terreno são o resultado de intemperismo químico profundo e ou processo de pedimentação, desenvolvidos em ambientes tectônicos e climáticos muito estáveis, muitos sob climas hipertropicais, extremamente secos, extremamente áridos ou com mudanças sasonais. A paleosuperfície Gondwana ou seus fragmentos remanescentes foram reconhecidos na Argentina, de norte a sul, nas montanhas basálticas da Província das Missões, nas Serras Pampeanas das Províncias de Catamarca, La Rioja e San Juan, nas Serras Chicas, Serras Grandes e Serra Norte da Província de Córdoba, as Serras de São Luis, a Serra Pintada ou Bloco São Rafael da província de Mendoza, Serras de Tandil, Serra da Ventana e a Pampa interserrana da Província de Buenos Aires, as Serras de Lihuel Calel da Província da Pampa o Somuncurá ou Maciço do norte da Patagônia nas províncias de Rio Negro e Chubut, o Maciço Deseado da Província Santa Cruz e o arquipélago das Malvinas/Falklands. Nas outras regiões da Argentina essas superfícies têm sido arrastadas para bacias tectônicas e são cobertas por unidades sedimentares ou vulcânicas de várias idades. A idade da paleosuperfície Gondwana tem sido estimada entre o Jurássico médio e o Paleógeno. A paleosuperfície Gondwana foi elevada, fragmentada, denudada e isolada durante o Terciário médio e tardio devido à Orogenia Andina e ficou na paisagem como testemunhos mudos sobrepondo-se a estensas pediplanícies e depósitos de piemonte, enquanto o clima e o ambiente mudavam para condições mais áridas e frias, aproximando-se das condições atuais. Palavras chave: Gondwana, paleosuperfícies, Argentina, Mesozóico, superfícies de aplainamento, planícies de enxurrada, pediplanícies.

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