PROVÍNCIA DIAMANTÍFERA DA SERRA DA CANASTRA E O KIMBERLITO CANASTRA-1: PRIMEIRA FONTE PRIMÁRIA DE DIAMANTES ECONOMICAMENTE VIÁVEL DO PAÍS

Autores/as

  • Mario Luiz de Sá Carneiro Chaves Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia.
  • Kerley Wanderson ANDRADE Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Pampulha.
  • Leila BENITEZ Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Pampulha.
  • Paulo Roberto Gomes BRANDÃO Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais,

Palabras clave:

diamante, Minas Gerais, província da Serra da Canastra, kimberlito Canastra-1.

Resumen

A Província da Serra da Canastra constitui uma das quatro grandes províncias diamantíferas de Minas Gerais, que foi subdividida em dois distritos minerais, designados de Alto São Francisco e Médio Rio Grande. Rochas kimberlíticas e parentais, com idades estimadas em torno de 120 Ma, intrudem principalmente metassedimentos mesoproterozóicos(?) atribuídos ao Grupo Canastra, no Distrito do Alto São Francisco. No Distrito do Médio Rio Grande, a principal fonte distribuidora do mineral, secundária, está em rochas conglomeráticas do Cretáceo Superior da borda norte da Bacia do Paraná (Grupo Bauru), cuja área-fonte de sedimentação inclui a zona da Canastra. O kimberlito Canastra-1 integra um cluster com quase 40 corpos, aflorando a sul do grande escarpamento da Serra da Canastra, na zona de cabeceiras do Rio São Francisco. A intrusão se dá em forma dois blows alinhados segundo NW-SE, direção que define o trend estrutural da região, impresso nos metassedimentos do Grupo Canastra. O blow menor (NW) possui teores desprezíveis em diamantes, enquanto o outro (SE) é mineralizado a um teor médio de 12-18 ct/100 t de rocha. Variações importantes são verificadas ainda em relação às fácies petrográficas do kimberlito, que é homogênea no blow NW, enquanto o blow SE é heterogêneo constituindo uma mistura de diversas fácies. A química mineral do piropo, ilmenita e diopsídio, revelou alguma semelhança com determinados kimberlitos diamantíferos da África, principalmente aqueles do Cráton do Oeste Africano. Dados obtidos em lavra experimental efetuada pela SAMSUL Mineração indicaram uma qualidade excelente para os diamantes do corpo, estimando-se um valor médio em torno de US$ 180- 200/ct, o que constitui um dos maiores de todo mundo. Palavras-chave: diamante, Minas Gerais, província da Serra da Canastra, kimberlito Canastra-1.

Biografía del autor/a

Mario Luiz de Sá Carneiro Chaves, Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1981) , mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) , doutorado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1997) e pós-doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005) . Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Minas Gerais e Membro de corpo editorial da Geociências (São Paulo). Tem experiência na área de Geociências , com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Diamante, Mineralogia, Serra do Espinhaço, Geologia Econômica.

Kerley Wanderson ANDRADE, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Pampulha.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Desenvolve Dissertação de Mestrado na área de Geologia Econômica e Aplicada. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Prospecção Mineral, atuando principalmente nos seguintes temas: Geologia e Mineralogia do Diamante, Mapeamento Geológico e Estratigrafia.

Leila BENITEZ, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Pampulha.

Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2002) e mestrado em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia, atuando principalmente nos seguintes temas: mineralogia do diamante, depósitos diamantíferos, províncias diamantíferas

Paulo Roberto Gomes BRANDÃO, Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais,

ossui graduação em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1968), mestrado em Mining and Mineral Process Engineering - University of British Columbia (1980) e doutorado em Mining and Mineral Process Engineering - University of British Columbia, Canadá (1982). Atualmente é professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Engenharia de Minas, com ênfase em Métodos de Concentração e Enriquecimento de Minérios, e também em Engenharia de Materiais, atuando principalmente nos seguintes temas: minério de ferro, caracterização de minérios e materiais, mineralogia, flotacao, agregação e dispersão de polpas minerais e sintéticas, microestruras de minérios e materiais, refratários em geral, minerais e rochas industriais, inclusive argilas, caulins e talco, espectrometria de infravermelho, microscopia óptica, MEV e microanálise, difração de raios-X.

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