Influência da música no estado de ânimo e no desempenho em exercício

Influência da música no estado de ânimo e no desempenho em exercício

Autores

  • Priscila Missaki Nakamura Biodinâmica da Motricidade Humana - Departamento de Educação Física/UNESP Rio Claro, SP

DOI:

https://doi.org/10.5016/1154

Palavras-chave:

Música preferida, estados de ânimo, domínio intenso e domínio severo.

Resumo

É bem conhecida a influência da música no desempenho do exercício no domínio moderado e nos estados de ânimo. Poucos estudos investigaram essa relação em exercícios no domínio intenso e severo. Além disso, a audição de música é bastante disseminada entre praticantes de atividade física, os quais devem selecionar músicas de acordo com suas preferências pessoais. Entretanto, a relação entre a preferência musical e o desempenho e o estado de ânimo não está esclarecido. Desse modo, dois estudos foram propostos. O objetivo do estudo 1 foi de verificar a influência da audição da música preferida e não preferida no desempenho, nas respostas fisiológicas, na percepção subjetiva de esforço (PSE) e nos estados de ânimo em exercícios no domínio severo no cicloergômetro. O objetivo do estudo 2 foi de verificar a influência da audição da música preferida e não preferida nas mesmas variáveis do estudo 1 em exercícios no domínio intenso no cicolergômetro. No primeiro estudo foram determinados os parâmetros da Potência Crítica (PCrit) em diferentes protocolos, Música Preferida (MP), Não Preferida (NP) e Sem Música (SM). Foram submetidos para o estudo quatro mulheres e seis homens. Após ouvirem ou não a música os sujeitos realizaram o aquecimento e em seguida o teste. Foram avaliados a Freqüência Cardíaca (FC), concentração de lactato sanguíneo [LAc]s, PSE e estado de ânimo. A FC, PSE, [LAC]s e os parâmetros da PCrit não apresentaram diferença estatística para os três diferentes protocolos. Porém os estados de ânimo para os adjetivos positivos apresentaram maiores valores no momento da fadiga para a MP. Conclui-se que a audição da música preferida só é capaz de influenciar os estados de ânimo no domínio severo. Participaram do estudo 2, cinco mulheres e seis homens,os quais foram submetidos a 2 protocolos de teste. No primeiro foi obtido os parâmetros da PCrit através de 2 cargas preditivas. No segundo os sujeitos realizaram 2 testes uma com a carga da PCrit e a outra abaixo dela com a MP, NP e SM. Avaliou-se a FC, PSE, [Lac]s e os estados de ânimo durante 20 minutos de exercício. Não houve diferença nas variáveis fisiológicas e psicológicas. Porém houve um aumento no desempenho na carga da PCrit para a MP (9275 m) quando comparado com a SM (7857 m) e NP (7597 m). Nesse mesmo estudo, duas mulheres e quatro homens realizaram o teste até a fadiga. Foram registradas as mesmas variáveis e o tempo até a exaustão (tlim) para MP,NP e SM. A FC e o desempenho na carga abaixo da PCrit, apresentaram valores maiores na MP (155 bpm; 30841m ) do que NP (148 bpm; 21265) e SM (145 bpm; 23556m ). Conclui-se que a audição da música preferida é capaz de melhorar o desempenho no domínio intenso. Através dos resultados dos dois estudos, conclui-se que a influência da audição da música preferida nas variáveis fisiológicas e psicológicas é intensidade dependente.

Biografia do Autor

Priscila Missaki Nakamura, Biodinâmica da Motricidade Humana - Departamento de Educação Física/UNESP Rio Claro, SP

Graduação em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Mestrado em Biodinâmica da Motricidade Humana pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007) atuando principalmente nos seguintes temas: ginástica laboral, qualidade de vida, atividade fisica, potência critica, treinamento, intervenção e epidemiologia. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5351348802636390

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Publicado

2008-07-25

Edição

Seção

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