Treinamento intervalado de corrida de velocidade: efeitos da duração da pausa sobre o lactato sanguíneo e a cinemática da corrida

Treinamento intervalado de corrida de velocidade: efeitos da duração da pausa sobre o lactato sanguíneo e a cinemática da corrida

Autores

  • Monica Maria Viviani Brochado Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências - UNESP - Rio Claro - SP
  • Eduardo Kokubun Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências - UNESP - Rio Claro - SP

DOI:

https://doi.org/10.5016/6495

Palavras-chave:

Treinamento de velocidade. Cinemática. Lactato.

Resumo

A realização de exercícios intervalados reduz a fadiga e aumenta o trabalho muscular realizado, razão pela qual tem sido recomendada como método de treinamento de velocidade. Em estudos que trataram de exercício de alta intensidade e duração de até aproximadamente 10 s, observou-se decréscimo rápido na performance e aumento do lactato, especialmente quando a recuperação é curta (30 a 60 s). As mudanças biomecânicas devidas à fadiga tem sido estudadas somente em exercícios de maior duração e intensidade menor, especialmente em corridas de fundo e meio-fundo. O presente estudo pretendeu verificar a possibilidade de identificar mudanças cinemáticas e no lactato sanguíneo em corridas de máxima velocidade, em diferentes regimes de pausa, no treinamento intervalado. Seis sujeitos executaram 3 séries de 5 tiros de 50 m, em máxima velocidade, com regimes de pausa de 30, 60 e 120 s respectivamente. Para cada sujeito foram coletados: a) após o primeiro, terceiro e quinto tiros e aos 1, 3, 5, 7 e 10 min de recuperação amostras de sangue para análise de lactato sanguíneo por método eletroquímico; b) imagens em vídeo do primeiro, terceiro e quinto tiros utilizando-se a técnica de "panning" acompanhando toda a corrida, com marcas de referência colocadas a cada 5 m. Foram extraídas a velocidade, a frequência e a amplitude de passadas, para cada trecho de 5 metros. Não houve diferença significativa entre as concentrações de lactato nos diferentes regimes de pausa. Contudo, com pausas de 30 s, houve diminuição da velocidade e da frequência e aumento da amplitude ao longo dos cinco tiros, enquanto que com pausas de 120 s, essas diferenças foram atenuadas. Observou-se também que a frequência foi, dentre as variáveis analisadas, a mais sensível às condições experimentais.

Biografia do Autor

Monica Maria Viviani Brochado, Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências - UNESP - Rio Claro - SP

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas(1977) e mestrado em Ciências da Motricidade [Rio Claro] pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(1996). Atualmente é professora assistente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atuando principalmente nos seguintes temas:treinamento de velocidade, cinemática, lactato.

Eduardo Kokubun, Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências - UNESP - Rio Claro - SP

Possui graduação em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1979), mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1984) e doutorado em Ciências (Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Coordena o Núcleo de Atividade Física, Esporte e Saúde, onde desenvolve pesquisas relacionadas aos benefícios da atividade física para a saúde, em especial na elaboração de protocolos de intervenção no setor público.

Downloads

Edição

Seção

Artigo Original
Loading...