Música e dança de salão: interferências da audição e da dança nos estados de ânimo.
DOI:
https://doi.org/10.5016/6504Resumo
No presente trabalho investigou-se a interferência da audição de músicas de diferentes ritmos e da movimentação corporal das mesmas, através da prática de Danças de Salão, nos estados de ânimo. Foram utilizados 240 sujeitos, 145 do sexo feminino e 95 do sexo masculino com idade média de 24,26 e 25,41, respectivamente. A amostra foi composta por pessoas da comunidade que participavam dos cursos de Danças de Salão normalmente oferecidos pela universidade, e também, por alunos do curso de graduação em Educação Física. Eles foram divididos em 6 grupos de 40. Cada grupo foi submetido a uma situação experimental específica a saber: a) ouvir Cha-cha-chá (OUC); b) ouvir Valsa (OUV); c) ouvir Samba (OUS); d) dançar Cha-chachá (DSC); e) dançar Valsa (DSV); f) dançar Samba (DSS) . A exposição às música foi de, em média, 15 minutos. Antes e após a situação experimental os sujeitos responderam a uma lista de 40 locuções de estados de ânimo (LEA). Aplicou-se uma análise de correspondência simples, onde os grupos: (OUC), (DSC) e (DSV) apresentaram mudanças nos seguintes estados de ânimo: misterioso, insignificante, carregado, simples, leve, calmo, triste, encantador, orgulhoso e alegre. Foi também utilizado o teste binomial para a análise dos dados. Observou-se que: o grupo (OUC) apresentou uma diminuição nos adjetivos misterioso e carregado e um aumento no adjetivo insignificante; o (OUV) demonstrou uma diminuição no adjetivo ridículo; o (DSC) um aumento no adjetivo alegre e uma diminuição nos adjetivos deprimido, insignificante, ridículo e com medo; o (DSV) uma diminuição nos adjetivos deprimido e repelente e o grupo (DSS) um aumento no adjetivo tranquilo. Concluiu-se que a música interfere nos estados de ânimo das pessoas, e que, a movimentação corporal da dança de salão promove uma potencialização desta interferência.Downloads
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