O chute com o membro dominante e não dominante realizado com a bola parada e em deslocamento no futsal

O chute com o membro dominante e não dominante realizado com a bola parada e em deslocamento no futsal

Autores

  • Fabio Augusto Barbieri Departamento de Educação Física-UNESP/IB, Rio Claro, SP Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5016/736

Palavras-chave:

Biomecânica, Futsal, Ângulos de Euler, Velocidade Angular

Resumo

O futsal tem sido estudado sob o enfoque de diversos temas e olhares. Neste trabalho o futsal foi analisado através da perspectiva da Biomecânica. O objetivo do presente estudo foi descrever o chute executado com o membro dominante e com o membro não dominante realizado com a bola parada e em deslocamento no futsal. Participaram dez jogadores de futsal de alto nível, os quais realizaram dez chutes com a bola em deslocamento e dez chutes com a bola parada, sendo cinco chutes com cada membro para cada situação. Os chutes foram realizados com o dorso do pé, procurando empregar velocidade máxima a bola e objetivando acertá-la em um alvo de 1m2 colocado no centro do gol. Os movimentos foram filmados por sete câmeras posicionadas de modo que enfocassem os marcadores passivos colocados em ambos os membros inferiores dos participantes. As imagens destes chutes foram transferidas para o computador e trabalhadas no software DVIDEOW. Após isso, ocorreu a suavização dos dados através da função LOESS e os ângulos de rotação das articulações foram analisados por meio do método de Euler. A velocidade angular foi calculada a partir da derivada dos ângulos em função do tempo para cada articulação. Para o desempenho foram avaliados os acertos e erros do alvo. A velocidades da bola e do pé de chute foram calculadas, em função do tempo, através de uma regressão linear de primeiro grau para os componentes horizontais e uma regressão linear do segundo grau para o componente vertical. Os resultados apresentaram: i) padrão cinemático angular e velocidade angular: diferenças significativas entre o membro dominante e não dominante, sendo que para o tipo de chute (bola parada e em deslocamento) pequenas diferenças foram detectadas; ii) desempenho: melhores rendimentos com o membro dominante e nos chutes com a bola parada; iii) velocidade da bola e do pé de chute: maiores velocidades para o membro dominante e não houve diferença entre os tipos de chutes. Concluiu-se que os ângulos das articulações apresentaram diferenças principalmente entre os chutes com o membro dominante e não dominante, sendo o posicionamento das articulações no momento inicial e final do chute os principais fatores para o rendimento. Para o tipo de chute o momento de contato com a bola foi o instante crucial. O membro de suporte se mostrou tão importante quanto o membro de chute. Ainda o desempenho, as velocidades da bola e do pé se apresentaram distintos para os chutes com o membro dominante e não dominante. Para o tipo de chute, as velocidades da bola e do pé se mostraram similares, só encontrando diferença no desempenho que favoreceu o chute com a bola parada.

Biografia do Autor

Fabio Augusto Barbieri, Departamento de Educação Física-UNESP/IB, Rio Claro, SP Brasil

Concluiu a pós-graduação, nível de mestrado, em Ciências da Motricidade Humana pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Rio Claro,SP - área de concentração: Biomecânica do Movimento Humano. Também é graduado em Bacharelado Em Educação Física e cursa a Licenciatura Em Educação Física. Atua na área de Educação Física com foco em Biomecânica, Biomecânica do Esporte, Futebol, Futsal, Cinesiologia e Aprendizagem e Controle Motor. http://lattes.cnpq.br/0585938559465147

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Publicado

2007-11-26

Edição

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