HISTÓRIA, GÊNERO E SEXUALIDADE: a “higiene do amor” no discurso médico dos anos vinte, no Brasil

HISTÓRIA, GÊNERO E SEXUALIDADE: a “higiene do amor” no discurso médico dos anos vinte, no Brasil

Autores

  • Margareth Rago Departamento de História, IFCH - UNICAMP, Campinas, SP

DOI:

https://doi.org/10.5016/8737

Resumo

A preocupação com a preservação do casamento informa os conselhos médicos na área sexual desde as décadas iniciais deste século, no Brasil. Explicando a fisiologia do corpo da mulher e do homem, não mais pensados como idênticos pela medicina moderna, definindo os códigos de conduta nas relações sexuais dentro do matrimônio, explicando o desejo feminino e masculino em manuais de higiene sexual, ou de “higiene do amor”, como eles chamam, os médicos acreditam poder conter as crises que ameaçam a vida conjugal e levam à separação do casal. Esta comunicação traz uma reflexão sobre as imagens do corpo no discurso médico, que visa, por sua vez, à modernização das relações de gênero, num momento histórico de intensa industrialização e de modernização no país. Procuro pensar, também, até que ponto a reorganização das relações de gênero na modernidade brasileira altera as desigualdades sexuais vigentes até então, trazendo ou não mais liberdade à mulher, para além da valorização de sua função reprodutiva.

Biografia do Autor

Margareth Rago, Departamento de História, IFCH - UNICAMP, Campinas, SP

graduação em História pela USP (1970) e Filosofia USP (1979); mestrado em História na UNICAMP (1980-84); doutorado em História na UNICAMP (1985-1990; livre-docência em 2000. Desde 2003, é professora titular MS-6 do Depto de História da UNICAMP, onde iniciou em 1985. Entre 1982-1984, lecionou no Universidade Federal de Uberlândia. Foi professora visitante do Connecticut College, nos Estados Unidos, entre 1995/1996 e realizou seminários na Universidade de Paris 7 (2003). Diretora do Arquivo Edgar Leuenroth da UNICAMP em 2000. Professora visitante da Columbia University entre 2010-2011.Coordena junto com as profa.s Dra Tânia Navarro Swain e Dra. Marie-France Dépèche a revista digital feminista internacional LABRYS. É co-editora da Revista Aulas, da Linha de Pesquisa Gênero, Subjetividades e Cultura Material do PPGRH da UNICAMP. Áreas de ensino e pesquisa:Teoria da História e História do Brasil República ; pós-estruturalismo, feminismos, anarquismos, subjetividade, gênero , Foucault e Deleuze. É assessora científica da FAPESP, CAPES e CNPQ, entre outras agências. Publicou O que é Taylorismo?, com Eduardo F.P. Moreira(1984); Do Cabaré ao lar. A utopia da cidade disciplinar. Brasil, 1890-1930 (Paz e Terra, 1985).

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Edição

Seção

Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade Humana e Simpósio Paulista de Educação Física
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