O uso da eletromiografia para identificação de fadiga na dor lombar baixa

Abstract

É descrita uma técnica de eletromiografia (EMG) de superfície, desenvolvida para fornecer uma medida objetiva da função muscular para-espinhal em pacientes com dor lombar baixa (LBP). O equipamento, denominado de Back Analyses System (BAS) registra alterações nos parâmetros de amplitude e espectro, a partir de seis eletrodos de EMG, durante uma série de tarefas isométricas fatigantes com retro-alimentação visual da força. Mudanças na freqüência média da EMG – um índice de fadiga, foram previamente comparadas, neste relato, em diferentes localizações dos eletrodos e em diferentes níveis de força constante, em sujeitos-controle saudáveis. Os resultados demonstram que há um padrão característico “normal” de fadiga entre as várias regiões musculares para-espinhais, que é simétrico em relação às regiões para-vertebrais contra-laterais, contudo significativamente diferente ao se comparar níveis lombares alto e baixo. Alterações na freqüência média da EMG, durante uma contração sustentada, são significativamente aumentadas com aumentos do nível de força da contração. Em pacientes com LBP crônica, o grau de mudança da freqüência média é significativamente maior que em sujeitos-controle num mesmo nível de força. Estes achados são provavelmente relacionados com o descondicionamento muscular resultante do desuso crônico. Outros achados são relatados através de protocolos do BAS entre pacientes com LBP sub-aguda com incapacidade de moderada a severa. Estes pacientes apresentam um padrão assimétrico distinto de fadiga muscular medido através de parâmetros de amplitude e freqüência média. Este padrão é interpretado como uma maneira de medir desequilíbrios (desbalanços) musculares resultantes comportamento de escape (evitar) ou de inibição associada à dor. As implicações destas descobertas com EMG peculiar são discutidas em termos de estratégias de tratamentos diferenciais para a LBP.