Utilização da frequência cardíaca para a determinação da intensidade de esforço correspondente ao limiar anaeróbio no ciclismo de campo

Utilização da frequência cardíaca para a determinação da intensidade de esforço correspondente ao limiar anaeróbio no ciclismo de campo

Autores

  • Pedro Balikian Júnior Professor da Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP eLaboratório de Fisiologia e Nutrologia Experimental - LAFINE.

DOI:

https://doi.org/10.5016/6505

Resumo

Em função do princípio de especificidade, têm-se procurado realizar as avaliações em atletas, no próprio campo de prática esportiva. Entretanto, para o ciclismo, estes procedimentos não estão totalmente fundamentados. O presente estudo apresentou como objetivo, verificar se a frequência cardíaca (FC), obtida a partir de três diferentes protocolos, sendo dois de laboratório e um de campo, é capaz de determinar a intensidade de esforço correspondente ao LA. Onze sujeitos do sexo masculino realizaram os seguintes protocolos: 1) contínuo progressivo de laboratório (CPL), carga inicial 80 W, com incrementos de 40 W a cada 3 min até a exaustão voluntária; 2) intermitente de laboratório (IL), 2 cargas de 5 min de duração cada, a 1a sublimiar e a 2a supralimiar; 3) intermitente de pista (IP), 3 repetições de 2400 m, realizadas á 85, 90 e 95 % da máxima velocidade para o percurso. Durante os testes foram coletados a FC e amostras de sangue (25μl), ao final de cada carga para a determinação do LA. Para o teste CPL adotou-se 3,5 mM de lactato como LA e para os testes IL e IP o valor de 4 mM de lactato como LA; 4) esforço contínuo de 30 min (CP), em uma pista reta e plana de 2400 m, utilizando as próprias bicicletas de competição, a partir das diferentes FC obtidas nos testes realizados previamente. Amostras de sangue foram coletadas a fim de se observar se os sujeitos apresentavam fase estável de lactato sanguíneo (aumento ≤ 1 mM entre o 10o e o 30o min.). Observou-se diferenças significantes referentes aos valores de LA, entre os testes IL e CPL, sendo a carga (W) maior e a FC menor na primeira condição. Entretanto, entre os testes IL e IP, esta diferença não foi verificada quanto a FC de LA. Durante os 30 min do teste CP realizado a partir da FC obtida no teste CPL observou-se incremento maior que 1 mM na concentração de lactato. Entretanto este incremento não foi observado no teste CP realizado a partir da FC obtida nos testes IL e IP. Os protocolos intermitentes, desenvolvidos em campo e laboratório, apresentam valores de FC correspondentes ao LA. Entretanto a FC obtida a partir do teste CPL, superestimou, para a maioria dos sujeitos, a intensidade correspondente ao LA.

Biografia do Autor

Pedro Balikian Júnior, Professor da Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP eLaboratório de Fisiologia e Nutrologia Experimental - LAFINE.

possui graduação em LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1992), mestrado em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996) e doutorado em Biologia Funcional e Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Professor- ms3 da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Presidente Prudente, Depto de Educação Física, Coordenador do LAFE - Laboratório de Fisiologia do Exercício (2001 - 2012) . Professor da FABAVI - DOCTUM Vitória - ES.

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