<b>Uma análise termobiológica da germinação</b>

Autores

  • Victor José Mendes Cardoso UNESP

Resumo

A partir da análise da cinética do processo, pode-se assumir o processo global de germinação como endergônico, não ocorrendo a menos que certo limiar energético, representado pela entalpia de ativação (H*), seja alcançado. No caso da germinação, a H* deve variar com a temperatura, sendo que a análise de sua distribuição ao longo de todo o intervalo térmico sugere que em temperaturas extremas H* é alta, sendo que o processo cessaria devido a uma demanda de energia acima da capacidade de suprimento energético pelas reações metabólicas exergônicas. Em temperaturas infra-ótimas a variação de H* é positiva, significando que a velocidade de germinação é limitada por processos parciais voltados ao crescimento do embrião, enquanto que na faixa supra-ótima H* é negativo, indicando a predominância de processos antagônicos à germinação. Em temperaturas ótimas, a velocidade deve ser limitada principalmente por processos de difusão, como a embebição. Processos de termodenaturação, indicados por valores elevados de H*, devem afetar a percepção e a capacidade de transdução do sinal térmico na semente. Com a dependência-T da velocidade germinação, a distribuição das frequências de germinação isotérmica pode variar com a temperatura, sendo que a análise dessas distribuições sugere hipóteses sobre como o sinal térmico é percebido pela semente.

Biografia do Autor

Victor José Mendes Cardoso, UNESP

Professor Adjunto, do Departamento de Botânica, Doutor em Ciências (1986) e Mestre em Biologia Vegeta (1983)l pela Unicamp, com Livre-Docência em Fisiologia Vegetal pela Unesp (2002). Atua nas linhas de Fisioecologia de Sementes e Ecofisiologia Vegetal.

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Publicado

2010-02-05

Edição

Seção

Artigos de Revisão = Review Articles