OS ECOS DA PSICO EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE

Autores

  • Roseli AQUINO-FERREIRA FMRP, USP
  • Mariana Tiglia MONROY UNIP, campus de Ribeirão Preto
  • Danila Paulin BERCHELLI UNIP, campus de Ribeirão Preto, SP
  • Solange Terezinha de Lima GUIMARÃES Universidade Estadual Paulista

Palavras-chave:

Percepção Ambiental. Educação Ambiental. Princípio 3Rs. Sustentabilidade. Gerenciamento de Resíduos. Sensibilização e Conscientização Ambiental.

Resumo

OS ECOS DA PSICO EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE Roseli de Aquino-Ferreira [1] Mariana Tiglia Monroy [2] Danila Paulin Berchelli [3] Solange T. Lima Guimarães [4] OLAM – Ciência & Tecnologia, Rio Claro, SP, Brasil – ISSN: 1982-7784 – está licenciada sob Licença Creative Commons Palavras-chave: Percepção Ambiental. Educação Ambiental. Princípio 3Rs. Sustentabilidade. Gerenciamento de Resíduos. Sensibilização e Conscientização Ambiental. Nas últimas décadas, o meio ambiente tornou-se o centro de muitas discussões e, infelizmente neste mesmo período muito do nosso planeta foi degradado. Nunca se produziu tanta riqueza e pobreza ao mesmo tempo, tanta tecnologia, extração de recursos naturais e despejo de dejetos. Populações miseráveis, desmatamento, poluição, extinção de espécies, exaustão dos recursos naturais, mudanças climáticas, dentre tantos outros impactos ambientais nos obrigam a rever, como humanidade, o rumo do modo de vida moderno. As consequências deste estilo de vida são marcadas pela falta de comportamentos pró-ambientais. Os alertas dos ambientalistas, desde a década de 1970, de que o consumo demandado pelas sociedades contemporâneas está além da capacidade de suporte do planeta passaram a ser reconhecidos em diversas esferas mundiais (SUDAN, 2007). Hoje, o grande desafio é sensibilizar para a transformação da consciência ambiental das pessoas para atingir a sustentabilidade com qualidade de vida para todos. Além da necessária tomada de consciência sobre a degradação ambiental, busca-se o fortalecimento dos grupos e comunidades, enfatizando suas práticas de modo a aumentarem suas capacidades para compreender, refletir e intervir coletivamente. Trata-se de estimular a formação de indivíduos transformadores de sua realidade no tocante às questões ambientais, abrangendo aspectos sócio-econômicos e culturais, além da crise axiológica de nosso tempo. Uma equivocada sensação de que a ação de um único indivíduo não faz diferença, pode levar a um sentimento de impotência, paralisando as pessoas. É importante reconhecer que as pequenas ações individuais, quando somadas, podem ter um efeito significativo. Várias pessoas avaliando uma mesma situação ou procurando soluções para um determinado problema oferecem múltiplos olhares, ampliando o entendimento e a possibilidade de enfrentamento deste mesmo problema. Desta forma, faz-se necessário o desenvolvimento de processos educativos que possibilitem aos envolvidos, despertar o sentimento de pertencimento, exercitar a participação e o trabalho coletivo. A Universidade possui um papel importante na formação de cidadãos plenos e na busca de transformações sócio-ambientais, possibilitando o acesso, uso e produção de conhecimentos, fortalecimento de suas habilidades, compartilhamento saberes, aquisição de competências e reformulação de valores, hábitos e atitudes. Para formar educadores ambientais, devemos pensá-los como agentes participativos que tornarão possível a reaproximação do homem com o meio ambiente, tanto em relação aos seus aspectos naturais como construídos, de forma que educadores e seus educandos participem de um processo de mudança de atitudes e comportamentos com relação ao ambiente, repensando sua presença, ações e papel no planeta. Para tal, foi desenvolvido um processo educativo abrangente, envolvendo toda a comunidade da UNIP, campus de Ribeirão Preto – alunos, professores e funcionários – para favorecer a formação de um grupo cooperativo e integrado, estimulando o sentimento de pertencimento a um coletivo, descobrindo na convivência com o outro uma fonte de crescimento mútuo. A fim de atingir as comunidades do entorno da Universidade, o projeto também foi desenvolvido em escolas públicas conveniadas a Universidade (EMEI) e em ONGs com atendimento a crianças carentes. Desenvolvendo o processo educativo, foi abordado o Princípio dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar), que didaticamente enfatiza o enfoque preventivo, sendo sua base aplicada no cotidiano, em projetos, programas e políticas públicas (AGENDA 21, 1992): Reduzir o consumo, evitando desperdícios e lixo implica em repensar o uso de materiais e evitar a geração de lixo. Trata-se de uma profunda reflexão sobre o que é realmente necessário para se viver, abandonando os supérfluos. Para a reflexão dos padrões de consumo foram realizadas palestras, encontros, mesas redondas, dinâmicas, análise crítica de vídeos, visitas técnicas e também foram elaborados fanzines. Reutilizar é prolongar a vida útil de materiais em sua função original ou adaptada. Materiais úteis que vão para o lixo poderiam ser consertados ou adaptados para novas funções. Para a reutilização, foram realizadas oficinas artesanais e artísticas de papel, oficinas artísticas de reutilização de materiais, oficinas e implantação de composteiras, associadas à orientação sobre reaproveitamento de alimentos. Reciclar é a recuperação de resíduos, modificando suas características físico-químicas, visando produzir novos materiais. Em geral, a reciclagem de plásticos, vidros, papéis, metais, embalagens, entre outras é um processo industrial. Nossa participação foi na separação dos materiais e posterior encaminhamento para coleta seletiva ou coleta diferenciada de materiais. Ainda incluindo um quarto R – Revitalizar, foi realizado o plantio de mudas de árvores no campus da UNIP e um quinto R – Repensar, que visou o desenvolvimento de uma reflexão com criticidade e avaliação contínua do processo educativo. Com a implantação deste projeto de intervenção educativa na UNIP, pudemos observar uma maior motivação, sensibilização e conscientização para uma melhor reflexão e articulação de ações voltadas à sustentabilidade ambiental, capacitando multiplicadores e parceiros para o resgate do bem estar e da qualidade de vida da comunidade universitária envolvida e no Planeta. Tornou-se também evidente a necessidade de ampliar a implantação de boas práticas cotidianas para a sustentabilidade ambiental, além da reflexão no sentido da incorporação de valores e atitudes pró-ambientais. REFERÊNCIAS AGENDA 21. Cúpula da Terra. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de Janeiro. Brasil. Centro de Informações das Nações Unidas. 1992. SUDAN, D. C. et al. Da pá virada: Revirando o Tema do Lixo. Vivências em Educação Ambiental e Resíduos Sólidos. São Paulo. Programa USP Recicla. Agência USP de Inovação. ISBN 978-84-7314-037-8. 2007. AGRADECIMENTOS Agradecemos a Profa. Ms. Cláudia Correia Leite Fuhs, coordenadora do curso de Psicologia da UNIP e à Universidade Paulista (UNIP), campus de Ribeirão Preto, (SP), Brasil. Informações sobre as autoras: [1] Roseli de Aquino-Ferreira – http://lattes.cnpq.br/1325518026466432 Biólogo Ms. Depto de Genética, FMRP, USP, campus de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Profa. Adjunto Universidade Paulista, UNIP, campus de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Contatos: roseliaqf@usp.br / roselideaquino@hotmail.com [2] Mariana Tiglia Monroy – http://lattes.cnpq.br/6848343205227563 Graduação em Psicologia, Universidade Paulista, UNIP, campus de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Contato: mariana-psi@hotmail.com Danila Paulin Berchelli – http://lattes.cnpq.br/7091454222150042 Graduação em Psicologia, Universidade Paulista, UNIP, campus de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Contato: danilapb@yahoo.com.br [4] Solange T. de Lima Guimarães – http://lattes.cnpq.br/66350581362183033 Livre Docente em Interpretação e Valoração de Paisagens Coordenação do Laboratório de Interpretação e Valoração Ambiental Depto de Geografia, UNESP, campus Rio Claro, SP, Brasil. Contato: hadra@uol.com.br

Biografia do Autor

Roseli AQUINO-FERREIRA, FMRP, USP

http://lattes.cnpq.br/1325518026466432 Biólogo Ms. Depto de Genética, FMRP, USP, campus de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Profa. Adjunto Universidade Paulista, UNIP, campus de Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Mariana Tiglia MONROY, UNIP, campus de Ribeirão Preto

http://lattes.cnpq.br/6848343205227563 Graduação Psicologia.

Danila Paulin BERCHELLI, UNIP, campus de Ribeirão Preto, SP

http://lattes.cnpq.br/7091454222150042 Graduação em Psicologia, Universidade Paulista, UNIP, campus de Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Solange Terezinha de Lima GUIMARÃES, Universidade Estadual Paulista

http://lattes.cnpq.br/66350581362183033 Livre Docente em Interpretação e Valoração de Paisagens Coordenação do Laboratório de Interpretação e Valoração Ambiental Depto de Geografia, UNESP, campus Rio Claro, SP, Brasil.

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Publicado

02-06-2009

Como Citar

AQUINO-FERREIRA, R., MONROY, M. T., BERCHELLI, D. P., & GUIMARÃES, S. T. de L. (2009). OS ECOS DA PSICO EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE. OLAM: Ciência & Tecnologia, (1). Recuperado de https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/olam/article/view/2658