GESTÃO AMBIENTAL COM INCLUSÃO SOCIAL: LIMITES E (IM)POSSIBILIDADES. ANÁLISE DA INSERÇÃO DAS COOPERATIVAS DE CATADORES NO CAMPO DA INDÚSTRIA DE RECICLAGEM
Palavras-chave:
Reciclagem. Catadores. Cooperativas. Teoria Institucional. Campo Organizacional. Economia Solidária.Resumo
O artigo analisa a organização de catadores de resíduos recicláveis, tendo como quadro de referência a teoria institucional. Autores neo-marxistas, ligados ao movimento da economia solidária, propõem a cooperativa popular como modelo de organização capaz de “emancipar” o trabalhador e “desalienar” o trabalho, ainda que operando em contexto capitalista. O presente artigo é uma crítica a esta posição; analisa o caso das cooperativas de catadores para problematizar os benefícios da sua organização em cooperativas. Integradas a um campo organizacional presidido pela lógica da acumulação – a indústria de reciclagem – as cooperativas ficam submetidas a pressões isomórficas. O resultado é uma configuração estrutural em que as práticas cooperativistas se manifestam de forma desfigurada e ritualizada. Longe da “emancipação” e “desalienação”, os catadores aparecem como elo frágil do campo. Além de já submetidos à precarização, em função das condições de trabalho e baixa remuneração, sofrem uma espécie de exclusão de segunda ordem, se demonstrarem-se incapazes de atender as expectativas de eficiência demandadas pelo campo da indústria de reciclagem.Downloads
Publicado
10-02-2008
Como Citar
Meira, F. B., Gonçalves-Dias, S. L. F., Irigaray, H. A. R., & Teodósio, A. dos S. de S. (2008). GESTÃO AMBIENTAL COM INCLUSÃO SOCIAL: LIMITES E (IM)POSSIBILIDADES. ANÁLISE DA INSERÇÃO DAS COOPERATIVAS DE CATADORES NO CAMPO DA INDÚSTRIA DE RECICLAGEM. OLAM: Ciência & Tecnologia, 7(1). Recuperado de https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/olam/article/view/891
Edição
Seção
ARTIGOS