O diálogo na educação ambiental: uma síntese a partir de Martin Buber, David Bohm, William Isaacs e Paulo Freire
DOI:
https://doi.org/10.18675/2177-580X.vol14.n1.p10-31Resumo
O diálogo se constitui enquanto importante princípio e objetivo da Educação Ambiental (EA), sendo relevante o aprofundamento de sua compreensão teórica e metodológica. Buscamos nesse artigo apresentar uma síntese, a qual partiu do conceito de existência dialógica de Martin Buber para a proposta de uma espiral dialógica, composta por diferentes caminhos, estando entre eles os grupos de diálogo de David Bohm, também estudados por William Isaacs, e os círculos de cultura de Paulo Freire. A partir disso, realizou-se a união dos elementos existentes em cada caminho em duas categorias, compostas por um conjunto de perguntas-indicadoras, que podem subsidiar o desenvolvimento, execução e avaliação de processos de EA, potencializando o processo dialógico. Ademais, sugere-se um procedimento metodológico baseado nos caminhos supracitados, caracterizado por quatro momentos: codificação; observação da codificação ou escuta genuína; descrição da codificação; “re-admiração” das admirações, observando as sensações corporais e emoções.