SUBSERVIÊNCIA AO CAPITAL: EDUCAÇÃO AMBIENTAL SOB O SIGNO DO ANTIECOLOGISMO
DOI:
https://doi.org/10.18675/2177-580X.vol13.n1.p28-47Resumo
A presente reflexão, partindo dos pressupostos da Ecologia Política e ancorada na perspectiva teórica de Althusser, Bourdieu e Passeron, Gramsci e Freire, contextualiza o atual quadro conjuntural histórico-crítico da luta ambiental, caracterizada como estando sob o signo do Antiecologismo por estar impregnada pelo receituário neoliberal, que enseja a desregulamentação ambiental pública para promover o ambiente de negócios ideal ao setor extrativo primário da economia; para analisar como, quando e porque o campo da Educação Ambiental brasileira se converteu em um aparelho ideológico de Estado a serviço de um modelo reprodutivista de educação, pautado pela pedagogia do consenso da ideologia do ambientalismo de mercado como estratégia da manutenção da hegemonia burguesa subserviente ao capital. Analisa, também, os desafios políticos para a recuperação do seu inerente poder subversivo e contestatório, que lhe foi subtraído, condição necessária à superação da cooptaçãoideológica da sociabilidade neoliberal, para pavimentar a hegemonização da Educação Ambiental Crítica, pensada e praticada a partir da perspectiva anticapitalista e do oprimido; comprometida,simultaneamente, com a denúncia da insustentabilidadedo desenvolvimentismo e com o anúncio das Sociedades Sustentáveis.