Educação para o Risco: contribuições da complexidade, da reflexividade e das produções socioambientais
DOI:
https://doi.org/10.18675/2177-580X.2021-16508Resumo
Os riscos referem-se a um conjunto de situações que nos afetam, sejam eles locais/cotidianos ou mais globais. Para promover uma formação mais crítica e complexa, capaz de lidar com essas incertezas que nossa sociedade impõe, parece essencial delinear um conjunto de parâmetros que definam uma Educação para o Risco. Para isso, este artigo propõe investigar as principais ideias trazidas pelas pesquisas sobre Educação Ambiental, incluindo alguns referenciais teóricos da complexidade e da reflexividade, para, então, delimitar alguns preceitos que definam uma Educação para o Risco, de forma a situá-la e incorporá-la numa formação mais crítica. Metodologicamente, identificam-se os (i) pressupostos teóricos da complexidade e reflexividade e (ii) os aspectos que contribuem para delinear uma Educação para o Risco nos trabalhos sobre Educação Ambiental da área. Para essa análise, toma-se como referência os pressupostos da Análise Textual Discursiva. Dos resultados, nota-se a quase ausência de uma discussão explícita sobre o risco pelos pesquisadores da área; no entanto, é possível identificar alguns aspectos que podem contribuir na delimitação do conceito, tais como a discussão sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável e a busca por uma formação consciente e próxima da realidade do sujeito, e aproximações envolvendo aspectos dos referenciais teóricos que tratam da complexidade, do decrescimento, e da reflexividade.