Este artigo investiga as pedagogias culturais das fotografias da revista National Geographic Brasil no intuito de argumentar a existência de um processo educativo ambiental intrínseco ao regime imagético da natureza. Ao articular Estudos Culturais em Educação e em Educação Ambiental com Teorias da Fotografia, partirmos do pressuposto de que as imagens têm assumido um lugar cada vez mais central nas relações pedagógicas do mundo contemporâneo. Busca-se mostrar como as imagens da natureza presentes na revista articulam uma pedagogia ambiental segundo dois modos: a fabricação de um Império da Natureza e a evocação de um nomadismo ambiental, processos radicalmente ligados ao atual estágio do capitalismo contemporâneo que tornam a natureza e a subjetividade os últimos territórios a serem colonizados. O regime fotográfico da natureza na revista educa ambientalmente quando fabrica certo mundo como natural, forjando certo tipo de sujeito habilitado a desfrutar das potências da natureza.