O Uso da Sustentabilidade como Argumento Legitimador da Artificialização da Natureza e do Social no Capitalismo Contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.18675/2177-580X.2019-13461Resumen
Considerando os antecedentes da crise social e ambiental contemporâneas como consequências de um processo estrutural de reprodução socioeconômica cujo solo fundante está no capitalismo, este artigo busca refletir sobre as contradições que emergem do pseudo imperativo socioambiental contemporâneo – a sustentabilidade em suas várias faces – cuja naturalização tem contribuído, sobremaneira, para o aumento de desigualdades sociais e degradações ambientais de uma maneira geral. Para tanto, se recorre a autores clássicos, artigos de periódicos científicos e páginas oficiais sobre o tema por meio de pesquisas documental e bibliográficas. Observa-se que o compromisso contemporâneo de promover atividades econômicas, em alguma medida conectadas à sólida e duradoura prosperidade social e orientadas à conservação da natureza, se apresenta materialmente inconcebível. Logo, a sustentabilidade constituindo-se como mais uma estratégia no atual capitalismo, pela qual alguns agentes público-privados buscam legitimar um determinado status quo.