A (semi)formação na Educação Ambiental Universitária: tensionamentos a partir de um estudo empírico sob a ótica da Teoria Crítica
DOI:
https://doi.org/10.18675/2177-580X.2019-13930Resumen
A formação socioambiental, na vertente critica de Educação Ambiental, aponta para reflexões e ações emancipatórias em âmbito individual e coletivo, na busca por transformar realidades degradantes da vida em todas as suas formas e sentidos. No entanto, os processos de ensino têm conduzido à semiformação na atualidade, numa sociedade que coloca inúmeros obstáculos para a concretização da emancipação, na perspectiva da Teoria Crítica. Objetivamos discutir neste artigo dados derivados de um estudo sobre um Projeto Universitário de Educação Ambiental de cunho emancipatório de uma instituição Pública de Educação Superior/IES do Estado de São Paulo / Brasil. A partir da matriz teórico-metodológica da pesquisa-ação-participante adotada pelo projeto da IES de interesse, traduzida pelo grupo coordenador como “pessoas que aprendem participando”, coloca-se em xeque “o que e como se aprende fazendo” em capilaridade, diante de barreiras burocráticas, hierárquicas, político-econômicas e pedagógicas encontradas no decorrer do projeto. A orientação metodológica deste estudo pautou-se em pesquisa participante e na análise textual discursiva. Dentre os resultados, identificam-se leituras diferenciadas do projeto da IEA pautado na pesquisa-ação-participante, em que o “aprender-fazendo” se revela com uma práxis em relação com ações transformadoras, educação popular e reflexão crítica, ao mesmo tempo em que oscila no referido projeto, um ativismo pragmático. De forma geral, a educação ambiental em capilaridade estudada apontou para a potencialização da autonomia e da liberdade na instituição. Fica o desafio de manter e aprofundar reflexões e ações críticas, como resistência à semiformação nos processos de educação ambiental em universidades.